Cada vez mais, as motocicletas do estilo todo terreno ganham força aqui no Brasil, principalmente com a aposta das grandes marcas em máquinas de baixa cilindrada. É o caso da Honda NXR Bros 160 ESDD e da Yamaha Crosser 150 Z ABS. Como o propósito das motos é o mesmo, testamos as duas para entender quais entregam melhores atributos para cada situação. Deixamos claro que nossa intenção aqui é munir você, leitor, de informações para que tenha mais conhecimento sobre as motos, e assim ajudá-lo na decisão, caso você esteja pensando em comprar uma delas.
Para começar, vamos apresentar nossa visão sobre a Honda NXR Bros 160 ESDD. A marca japonesa se esforçou para aumentar a corpulência da motocicleta e, com isso, dar-lhe o aspecto de uma máquina maior, mas também trabalhou em suas linhas, deixando-as mais fluidas e mais definidas com ângulos mais marcantes. O volume maior foi conseguido com a adoção de abas laterais do tanque mais generosas, que utilizam apliques internos em preto como entradas de ar e fazem seu volume crescer e ganhar robustez. As laterais sob o banco também ganharam novas formas, assim como as alças do garupa. O farol também ganhou nova carenagem para acompanhar a mudança visual, e o banco recebeu uma capa mais aderente. O resultado foi excelente, de fato, a Bros ficou bem mais bonita!
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Tecnicamente a NXR 160 Bros continua exatamente igual, ela tem o mesmo motor da Honda CG 160, um monocilíndrico OHC arrefecido a ar com duas válvulas no cabeçote. A capacidade é de 162,7 cm³, e ele pode ser abastecido tanto com etanol quanto com gasolina, entregando potência máxima de 14,7 cv no etanol e 14,5 cv na gasolina a 8.500 rpm, enquanto o torque é de 1,60 kgf.m no “combustível ecológico” e de 1,46 kgf.m no combustível fóssil, ambos em 5.500 rpm.
O motor tem partida elétrica e se conecta a um câmbio de cinco velocidades com a relação adaptada ao perfil trail de capacidade on e off-road. Na cidade, a pegada do dos seus pouco mais de 14 cavalos são mais do que suficientes para você rodar com boa desenvoltura. Já na terra ou na areia, como fizemos no lançamento, vai ver que é possível se divertir com ela, fazendo-a abanar a traseira nas acelerações forçadas.
Mais detalhes da Honda NXR Bros 160 ESDD
A Bros 2022 segue utilizando chassi tipo berço semiduplo de aço e suspensões de longo curso. Na dianteira, o garfo telescópico tem 180 mm de curso, enquanto a traseira é monoamortecida e tem curso de 150 mm. O maior curso de suas suspensões e as rodas raiadas de 19 polegadas na frente e 17 atrás são os grandes trunfos para enfrentar a buraqueira das ruas das grandes metrópoles. Os pneus de uso misto nas medidas 90/90 e 110/90 ajudam nas incursões por terra. Eles certamente são o motivo do grande sucesso em cidades do interior onde os caminhos por estrada de terra são comuns.
Embora a Bros 2022 tenha o preço sugerido de R$ 15.330 (mais frete), em São Paulo pudemos apurar que o preço final varia entre R$19.000 e R$ 19.300, por conta do frete e impostos do Estado. A NXR 160 Bross está disponível em três cores: vermelha, branca e preta e a Honda oferece três anos de garantia e sete trocas de óleo gratuitas.
Yamaha Crosser 150 Z ABS
Continuando nosso comparativo, agora é a vez de falarmos da Yamaha Crosser 150 Z ABS. Sem dúvida, ela é uma escolha interessante para quem quer rodar no o dia a dia com mais conforto, e ainda fazer aquele passeio off-road nos finais de semana. O motor é bastante econômico e conta com a tecnologia Blueflex, que permite escolher entre gasolina ou etanol. Como o próprio nome já diz, ela vem com sistema ABS de série, que evita o travamento da roda dianteira nas frenagens bruscas ou em baixa aderência como dias de chuva, garantindo maior controle na pilotagem.
Com banco em dois níveis e guidão com ajuste de altura, a moto apresenta uma posição de ótima ergonomia para uma condução agradável. Sua suspensão dianteira de longo curso e a exclusiva suspensão traseira com link, proporcionam bom conforto e absorção de impactos, para você pilotar por horas, sem se cansar. Aliás, em relação às suspensões, na dianteira ela vem com garfo telescópico, com 180 mm de curso, enquanto na traseira conta com uma balança do tipo Monocross com link e 160 mm.
O para-lama alto e os protetores do garfo dianteiro entregam um visual agressivo. Sobre o motor de 149 cm³, ele é do tipo SOHC, com duas válvulas, 4 tempos e refrigeração a ar. Abastecida com gasolina, ele entrega 12,2 cv a 7.500 rpm, e torque máximo de 1,3 kgf.m a 6.000 rpm. Se você optar pelo etanol, o motor vai gerar 12,4 cv a 7.500 rpm e os mesmos valores de torque citados.
O sistema de transmissão tem 5 velocidades. O sistema de freios, conforme já citamos, é do tipo ABS, sendo que na frente tem um disco de 245 mm com sistema antibloqueio, e atrás o disco mede 203 mm. O chassi é um berço semiduplo, com distância entre eixos de 1350 mm. A altura do banco em relação ao solo é de 845 mm. Já a relação Comprimento x Largura x Altura é de 2050 mm X 830 mm X 1160 mm. O tanque de combustível suporta 12 litros. O peso da Yamaha Crosser 150 Z chega aos 134 kg.
Com todos esses atributos da Crossser, você que é fã de motos deve imaginar que ela se sai bem no asfalto e também na terra. É claro que, pela baixa cilindrada, é recomendável que as viagens não sejam tão longínquas, e as aventuras no fora de estrada sejam um pouco mais leves.
Para o modelo 2022, a motocicleta está disponível em duas cores, sendo o azul sólido e o bege. Assim como a Bros, a diferença entre seu preço sugerido de tabela de R$ 16.390 e os R$ 17.700 apurados em concessionárias de São Paulo é grande, como no caso da Honda.
Conclusão
Concluímos que, tanto a Honda Bros quanto a Yamaha Crosser são boas para quem precisa de uma moto que seja versátil para rodar na cidade e na terra, com bom nível de conforto e economia. Com suas particularidades e atrativos, nota-se que a Crosser é mais barata no preço final que a Bros, que por seu lado tem motor mais potente e visual mais encorpado.
Entretanto, cabe a você leitor, decidir qual modelo faz sua cabeça, se a diferença de preço de R$ 1.200 (aproximadamente) não for um fator determinante. O páreo é, no mínimo, divertido! O melhor é você ir até uma concessionária e fazer um teste ride, desse modo, suas dúvidas serão tiradas e o poder de decisão ficará mais assertivo.