<p>A Ducati, fabricante de motos de Bolonha, Itália, está em uma fase muito produtiva e não para de lançar novos modelos e de reforçar sua linha. Entre elas, <span style="line-height: 1.6em;">a naked Monster 821, sucedendo a Monster 796, protagoniza este teste.</span></p>
<p><img alt="Ducati Monster 821" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/duca32_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Com 112 cv declarados, a 821 se situa em um nível intermediário entre os 87 cv da irmã 796 e os 135 cv da streetfighter Monster 1200. Ainda assim, todo o pacote tecnológico da 821 é herdado da 1200, o que é excelente. Ela representa a terceira geração da linhagem Monster e, como é tendência no mundo das motocicletas hoje, chega com foco na versatilidade.</p>
<p>Mas calma, ela mantém tudo aquilo que os fãs da marca sempre valorizaram: estética e personalidade. Depois da teoria, vamos à prática.</p>
<p><img alt="Ideal para aqueles que desejam uma naked linda e esportiva… Mas que não assuste os menos experientes" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/duca22_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p><strong style="line-height: 1.6em;">Personalidade Monster</strong><br />
<span style="line-height: 1.6em;">As Monster sempre se caracterizaram por terem uma posição de pilotagem bem peculiar, mas pouco a pouco elas foram se “normalizando”. O guidão sempre esteve baixo e longe do piloto, mas já na 1100 começou a tomar uma posição mais elevada. </span></p>
<p><span style="line-height: 1.6em;">Na 1200 a posição é muito natural, e nesta 821 também, mas ainda assim ela tem o seu toque diferenciador, que é o guidão largo e reto. Ele está levemente afastado e é muito plano, mas está mais alto e 40 mm recuado. No fim das contas, em conjunto com pedaleiras e assento, o corpo do piloto fica em uma posição bem natural. </span></p>
<p><span style="line-height: 1.6em;">O banco é muito confortável (conta com 80 mm de espuma) e ainda pode ter a sua altura ajustada em duas posições. Assim como na Monster 1200, insipiração direta do seu design, o chassi da 821 é uma estrutura multitubular que conecta os cabeçotes com a caixa de direção.</span></p>
<p><img alt="O motor é o mesmo utilizado na família Hyper, o Testastretta 11° de 821 cm³. Ele ganhou um sistema de admissão de ar secundário e novo escape" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/duca52_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Uma das poucas coisas que desagradam na questão ergonomia é o pouco espaço que encontramos para mover os pés sobre as pedaleiras. Como também acontece na 1200, as pedaleiras do garupa e o escape sobressaem e impedem o piloto de colocar seus pés mais para trás, que é a posição certa quando não estamos manejando o câmbio ou pedal de freio — até para evitar que os pés toquem o chão em inclinações mais fortes.</p>
<p>Outro ponto que evolui rápido em Borgo Panigale é o painel de instrumentos. No caso da 821, o painel tem dimensões corretas e informações bem legíveis… Mas falta a indicação da marcha engrenada. Todas as informações podem ser acessadas por botões nos punhos, que, aliás, são de última geração, bonitos, compactos e de fácil utilização. Detalhes que fazem do acabamento esmerado um dos pontos fortes da 821. </p>
<p><img alt="O painel da 821 é bem legível. Só faltou o indicador de marcha" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/duca_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p><strong> O DNA Ducati…</strong><br />
Quando damos partida no motor, uma surpresa. Ainda que seja o mesmo da Hypermotard, o som do bicilíndrico é muito diferente. Pode até ser um pouco alto demais para os mais sensíveis, mas estamos em uma Ducati, pô! Quando alternamos entre os modos Urban, Touring e Sport, muda a sensibilidade do acelerador e a velocidade com que o bicilíndrico sobe de giros.</p>
<p>Além disso, mudam os parâmetros do ABS e DTC, mais intrusivos no Urban e menos no Sport. Em qualquer um dos modos a entrega de torque é exemplar, e desde 2 000 rpm o motor é direto e progressivo até o corte, e a conexão direta entre motor e acelerador do modo Sport encanta qualquer entusiasta. Na estrada notamos algumas vibrações, que não incomodam o piloto, mas chegam aos retrovisores e atrapalham a visão por eles. </p>
<p>A bicilíndrica italiana também se destaca pela estabilidade e felina agilidade. Basta insinuar um movimento no guidão para a Monster mudar imediatamente de direção e, depois, quando estamos no meio da curva, a moto quer inclusive deitar mais do que nós pedimos.</p>
<p>Ela é sempre sólida como um monolito, seja em uma curva rápida, passando por irregularidades no asfalto, acelerando em plena curva. Se considerarmos que as suspensões são até simples (o amortecedor traseiro sequer tem bieletas), o acerto obtido é realmente impressionante! A ciclística não tem nada de extremo, mas funciona quase à perfeição.</p>
<p>O chassi aguenta qualquer abuso sem reclamar em absoluto, e, em qualquer modo selecionado, as frenagens são efetivas, especialmente pela potência e fácil dosagem do conjunto dianteiro, já que o traseiro peca em potência e tato.<span style="line-height: 1.6em;"> Sem dúvida é uma motocicleta que deixa um ótimo sabor na boca. </span></p>
<p><span style="line-height: 1.6em;">Reúne como poucas tanto equilíbrio dinâmico com uma personalidade ímpar. O preço? <strong>R$ 46.250 </strong></span>(junho/2016). </p>
<p><img alt="A 821 é a sucessora da brasileira 796, ainda sem previsão de chegar no Brasil" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/duca14_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p><strong>Conclusão, por Gabriel Berardi</strong></p>
<p>Esteticamente impactante (e uma Ducati não poderia ser diferente), muito bem equipada e, o mais importante, encanta pela dupla entrosadíssima formada por motor e ciclística. A 821 é uma moto ágil e com reações previsíveis, o que significa pura diversão quando deixamos a cidade para trás.</p>
<p>O motor Testastretta 11° mostrou uma pegada surpreendente… E um som que o torna único. Ou seja, ninguém poderá dizer que falta desempenho ou personalidade a esta nova integrante da “famiglia” italiana!</p>
<p>Confira vídeo oficial da Ducati, monstrando diferentes ângulos da Monster 821 em movimento. </p>
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