<p>Não faz tanto tempo assim, na verdade até o início dos anos 1990, no nosso mundo havia motocicletas e havia scooter. As motos eram atraentes, esportivas, divertidas, ainda que também existissem aquelas simples e meramente utilitárias. Os scooter eram outra coisa, e bastavam dois adjetivos para eles: econômicos e práticos. Esses dois segmentos seguiam assim até que alguém descobriu que dando a um scooter parte da “alma” de uma motocicleta, ele seria sucesso garantido. <br />
Essa ideia, é claro, nasceu na Itália e acabou espalhando-se pelo mundo. Se você era um adolescente nessa época, seguramente sonhou com os “cinquentinha” Aprilia SR e Yamaha Aerox, que tiveram algumas unidades importadas para o Brasil.</p>
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Entre os grandes, essa ideia demorou um pouco mais a aparecer, mas também chegou. A Yamaha, que na opinião de muitos (inclusive na nossa) talvez seja a marca japonesa de alma mais latina, mostrou no começo dos anos 2000 que um scooter poderia ser não apenas atraente, mas também divertido, esportivo e muito prático. Sim, estamos falando do T-Max 500, um modelo de retumbante sucesso mundo afora e que chegou a ser exposto pela marca no Brasil em alguns salões, mas que, infelizmente, nunca foi comercializado por aqui. </p>
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O fato é que a fórmula foi tão bem sucedida que pouco depois a marca dos diapasões estendeu a receita aos scooter de 125 e 250 cm³, da linha X-Max. Quando todos pensavam que a Yamaha já tinha uma gama completa de scooter, com os citados X-Max 125 e 250, o elegante, ou "GT", Majesty 400 e o próprio T-Max, a marca surpreende ao apresentar mais um "scooter emocional" na categoria intermediária. Conheça o X-Max 400.</p>
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O motor completo é o mesmo do Majesty 400 com 1 cv a menos e um escape menor e de design mais atual. Trata-se de um propulsor moderno, muito suave (possui eixo balanceador) e que agrada plenamente pelo desempenho que proporciona. A distância entre-eixos também é idêntica à do Majesty e, ainda que não conte com chassi de alumínio como os irmãos mais sofisticados, o peso cheio ficou em razoáveis 211 kg graças à bela economia em carenagens.</p>
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A suspensão traseira não traz nenhum grande avanço tecnológico, mas a dupla de amortecedores cumpre bem a sua função. Na frente, as bengalas são um pouco mais rígidas que o ideal, contudo, no geral, o conjunto mostrou um interessante resultado em conforto sem prejudicar o comportamento em curvas ou quando rodamos com garupa. Em conjunto com as suspensões, as rodas de 15" e 13" (dianteira e traseira, respectivamente) dão conta de asfaltos de menos qualidade sem sobressaltos. A velocidade máxima fica próxima a 150 km/h, o que capacita este modelo a encarar as melhores estradas sem dificuldade. A posição do piloto e de um eventual passageiro são impecáveis e permitem rodar por muitos quilômetros sem cansaço, seja na cidade ou longe delas.</p>
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Será uma utopia sonhar com este modelo aqui no Brasil? Difícil dizer. O histórico da Yamaha do Brasil não é muito favorável nesse sentido, entretanto, sabemos que há gente nova na marca e que sabe muito bem dessas carências. No Brasil, dentro dessa categoria já é certo o lançamento do Maxsym 400i, mais um produto da taiwanesa SYM que será vendido em nosso país pela Dafra. Além disso, vale lembrar que neste ano temos Salão Duas Rodas, e outras marcas podem preparar surpresas nesse nicho (por aqui, hoje restrito aos Suzuki Burgman) que atrai cada vez mais motociclistas mundo afora.</p>
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<strong>FICHA TÉCNICA</strong><br />
<strong>Motor</strong> Monocilíndrico, 4T, arrefecido a líquido, DOHC, 4 válvulas, câmbio do tipo CVT com embreagem automática centrífuga e transmissão secundária por engrenagens <strong>Cilindrada</strong> 395 cm³ <strong>Potência máxima declarada</strong> 32 cv a 7 500 rpm <strong>Torque máximo declarado</strong> 3,4 kgf.m a 6 000 rpm <strong>Diâmetro x curso do pistão</strong> 83 mm x 73 mm <strong>Taxa de compressão</strong> 10,6:1 <strong>Quadro</strong> Tubular de aço <strong>Suspensão dianteira</strong> Telescópica convencional, sem ajustes <strong>Suspensão traseira</strong> Duplo amortecedor com ajuste de pré-carga <strong>Freio dianteiro</strong> Disco Duplo, ventilado flutuante de 267 mm, pinças de pistão duplo <strong>Freio traseiro</strong> Disco ventilado de 267 mm, pinça de 2 pistões<strong> Pneu / roda dianteiro</strong> 120/70-15" <strong>Pneu / roda traseiro</strong> 150/70-13" <strong>Altura do assento</strong> 785 mm <strong>Entre-eixos</strong> 1 565 mm <strong>Peso cheio</strong> 211 kg <strong>Tanque</strong> 14 litros <strong>Preço</strong> não divulgado</p>
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