A lendária Ural, conhecida mundialmente por seus sidecars Gear Up com tração nas três rodas e estética nostálgica, está prestes a entrar em uma nova era. A marca russa surpreende com o lançamento da Neo 500, um modelo radicalmente diferente, com visual moderno, um motor inédito e fabricado na China. Essa aposta representa um esforço para atrair um público mais urbano e menos apegado à nostalgia.

Design urbano com DNA de aventura
A Ural Neo 500 rompe totalmente com a imagem clássica da marca. Seu design é uma mistura de trail e urbano, com linhas arrojadas, rodas de liga leve de 17 polegadas, iluminação full LED e um painel TFT na vertical que adiciona um toque tecnológico. O sidecar continua a ser um espaço generoso, mas em proporções mais compactas e com acabamentos modernos, um contraste nítido com a rusticidade dos modelos anteriores.

Novo motor, nova atitude
No coração da Neo 500, pulsa o primeiro motor de 500 cm³ da marca com refrigeração a líquido, desenvolvido em parceria com a chinesa Yingang. O bloco de dois cilindros paralelos entrega 35 cv e 3,5 kgf.m de torque, acoplado a um câmbio de cinco velocidades que inclui marcha à ré. Com um peso total de 310 kg (quase 50 kg a menos que um Gear Up), a moto promete uma manobrabilidade muito superior, tornando a pilotagem mais acessível.

Tecnologia e preço para um novo público
A Ural equipou a Neo 500 com uma série de recursos modernos, como o painel TFT com funções completas, uma dashcam integrada (opcional) e carregamento USB. A marcha à ré é ativada por um botão no guidão, com aviso sonoro para segurança. A fabricação chinesa é a chave para o preço, que deve ficar abaixo dos $15.000 nos EUA. Com isso, a marca pretende atrair motociclistas urbanos, com menos experiência ou que buscam um sidecar com uma proposta mais prática.

A produção da Neo 500 está prevista para o início de 2026, com a Ural suspendendo temporariamente a linha Gear Up para focar totalmente no novo projeto. A questão agora é: será que o público fiel da Ural aceitará essa mudança, e a Neo 500 conseguirá conquistar uma nova geração de pilotos?