A Triumph vai bem no Brasil, fechando o primeiro quadrimestre de 2019 com crescimento de 17% em comparação com o mesmo período de 2018. No total do mercado, essa porcentagem foi de 6% e analisando somente a faixa acima de 500 cm³, o crescimento foi em torno de 8%.
Este ano, a Triumph quer romper a barreira das 5.000 motos vendidas no Brasil. Em 2018, a marca teve um total de 4.400 unidades comercializadas. Para atingir essa meta, está investindo no lançamento de sete modelos ao longo deste ano. A marca também ampliará a rede de concessionárias, atingindo o número de 19 até o final do segundo semestre.
Duas das sete novidades já foram apresentadas para a imprensa. Uma delas é a Bobber Limited, série especial com 16 motos, já mostrada aqui na MOTOCICLISMO. A outra é a Bobber Black, a versão mais arrojada do modelo que foi lançado em 2016.
Segundo Waldyr Ferreira, Gerente Geral da Triumph, o segmento das clássicas representa 25% das vendas da marca no Brasil: “Em mercados maduros, como o europeu, as motos clássicas chegam a representar 50% das vendas. Mas já estamos satisfeitos com a nossa participação, pois não podemos descuidar da Tiger 800, que é o nosso produto líder de mercado”.
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A Bobber Black chega com preço promocional R$ 49.990. O preço cheio é R$ 55.800. De acordo com o executivo da Triumph, essa é uma estratégia para atrair os consumidores que saem da Bobber de entrada (preço cheio de R$ 51.200), optando por uma versão mais arrojada e exclusiva. Ele complementou: “A Bonneville Bobber também tem conquistado muitos usuários de Harley-Davidson, estratégia que queremos manter e ampliar, agora com a Black”.
A Bobber Black tem as principais inovações no visual, bem mais agressivo, com vários detalhes e acabamentos internos em preto, como o escapamento (silenciadores, cabeçotes e moldagem com aletas superiores), pedal de freio e pedaleiras de descanso em preto anodizado, guidão pintado em preto, tampas do motor e da roda dentada pretas (revestidas com pó), aro do farol dianteiro preto revestido com cromo e cubos de rodas pintadas em preto, além de outros detalhes, nem precisa dizer, todos pretos.
A Bobber Black recebeu também aperfeiçoamentos técnicos, como dois freios a discos duplos de 310 mm na frente, com duas pinças de dois pistões Brembo e uma configuração de disco traseiro único (com pinça de pistão único). Isso foi somado aos freios com sistema ABS, que já equipam a Bobber regular.
Uma novidade da Black é o farol de LED. A moto também ganhou um sistema de controle de cruzeiro (piloto automático), que mantém a velocidade desejada pelo motociclista, algo bem útil para estradas.
O motor é o mesmo da Bonneville T120, de 1200 cm³ com 10,8 kgf.m de torque (a 4.000 rpm) e 77 cv de potência (a 6.100 rpm). Ou seja, mais torque e potência em baixas rotações.
Para quem não sabe, o estilo Bobber surgiu logo após a Segunda Guerra Mundial. Muitas motos haviam sobrevivido ao terrível período e acabaram sendo customizadas em garagens caseiras, despojadas, sem “supérfluos” como para-lamas pesados, luzes indicadoras etc. Muitas décadas depois, a Triumph Bonneville T120 mantém o DNA original nas suas Bobber, mas com muito mais charme e personalidade.