O Brasil conta agora com mais uma marca de motocicletas, estamos falando da italiana SWM, que está aportando no país com modelos importados trazidos pela Muteki, empresa que atua no segmento de motopeças e que representa diversas marcas, indo desde kits de relação até filtros de ar. ”A gente vem desse segmento de importação de peças, mas queríamos ter o gosto de trazer uma marca de motocicletas”, comenta Sérgio Costa, diretor comercial da Muteki em entrevista concedida à MOTOCICLISMO.
Por enquanto, estão disponíveis por aqui apenas a RS 300 R e a RS 500 R, modelos off-road de enduro, desenvolvidos pela marca italiana com base em motos antigas da Husqvarna, feitas enquanto a “Husq” ainda pertencia à BMW. Ambas trazem propulsor monocilíndrico injetado 4 tempos arrefecido a líquido de 297,6 cm³ e 501 cm³, respectivamente.
Mas a importadora já aguarda a homologação da Superdual T, uma maxitrail de rua, com roda dianteira de 19″ e que traz um motor monocilíndrico, também arrefecido a líquido, de 600 cm³ e 54,3 cv. Além do visual bem esportivo, ela terá como grande diferencial os acessórios instalados já de fábrica, como protetores de mãos e motor, bem como as malas laterais rígidas. Os preços das motos aqui já foram definidos e serão de R$ 32 000 para a RS 300R, R$ 36 000 para a RS 500 R e R$ 41 000 para a Superdual T.
Com previsão de vender volta de 100 motos por ano, a Muteki acredita que o volume relativamente baixo abre espaço para um modelo de negócios diferenciado para comercializar as motocicletas. “Teremos pontos de venda comissionados, que serão revendas multimarcas e outras oficinas credenciadas para serem nossos pontos de manutenção”, comenta Costa, que não descarta a ideia de abrir uma concessionária, mas não nesse primeiro momento. “Pode ser que a gente monte uma loja”, diz.O diretor comercial nos contou que até o momento já são 4 pontos de venda no Estado de São Paulo (SP) entre a capital e o interior e que já estudam a expansão para outros, como Minas Gerais e algum dos três Estados da região sul (Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul). Ainda sobre o modelo de negócios, Sérgio Costa contou que o foco será oferecer um pós-venda de qualidade, que inclui peças a pronta entrega e proximidade com o cliente. “A ideia é ligar depois de certo tempo e perguntar ao proprietário se está tudo bem com a moto e queremos que as peças cheguem para os clientes com prazo máximo de uma semana, vindo diretamente da Itália”.
Clássica a caminho
Acreditando no potencial dos modelos da SWM no Brasil, a Muteki já programou a importação de outros três modelos para homologação: as supermotos SM 500 R e Superdual X e a Gran Milano 440, que será a estreia da marca no segmento de modelos clássicos. Equipada com propulsor também monocilíndrico, mas de 445,3 cm³ e arrefecimento a ar, a moto é uma naked com pegada retrô e uma das principais apostas da Muteki para o nosso mercado. Segundo eles, por se enquadrar em um segmento pouco visado pelos ladrões. “O índice de roubo e a violência vai levando o público para esse tipo de moto”, comenta o diretor comercial Sérgio Costa.
Em relação a números, ele tem razão. A demanda por modelos com visual que remete às motos de antigamente vem crescendo no país, como mostra o sucesso da Triumph, que disponibiliza aqui todo o seu line-up de clássicas modernas e a Royal Enfield, que acaba de comemorar um ano de operações no Brasil e já tem planos para trazer um novo modelo ao País. Em abril, a marca anglo-indiana bateu o número recorde de 77 unidades emplacadas em com apenas uma concessionária em operação aqui. Os interessados em saber mais sobre os modelos da SWM podem acessar o site internacional da marca e entrar em contato com a Muteki por meio de seu site, do e-mail contato@muteki.com.br ou do telefone (11) 5096.1591 / 3596-4110.