A Suzuki registrou uma patente de um sistema de distribuição variável para a Hayabusa, que deve entrar em uso em 2025, e que deriva da tecnologia que a marca japonesa utilizou no MotoGP. Estamos falando do sistema de válvulas variável VVT (Variable Valve Timing).
A ideia é maximizar o desempenho do motor e, ao mesmo tempo, atingir um menor nível de emissões e também um menor consumo. Em suma, ter pronta uma versão da atual Hayabusa que possa ser adaptada ao próximo Euro 5+, sem ter que fazer um grande investimento financeiro em possíveis alterações.
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Sistema VVT introduzido na Suzuki GSX-R1000 de 2017
Através deste sistema, a distribuição do motor é variada para a ganhar potência em altas rotações e reduzir as emissões poluentes. Nesse sentido, o posicionamento das válvulas em altas rotações garante o aproveitamento do combustível e maximiza a entrada de ar que chega à câmara de combustão do cilindro. Além disso, garante que os gases saiam integralmente pelo sistema de escape.
A Suzuki já introduziu este sistema VVT em 2017 na sua última geração da GSX-R1000 com operação totalmente mecânica. Desde então, o fabricante tem trabalhado na sua otimização com a ideia de poder integrá-lo a outros modelos, como a nova geração Hayabusa.
Por outro lado, está a sua localização, um ponto muito importante para evitar modificações na área do quadro. De acordo com as imagens apresentadas, este sistema seria ancorado na lateral do bloco com o atuador trabalhando para baixo.
Uma mangueira externa tem a função de injetar a lubrificação necessária, de forma pressurizada, ao sistema, sem a necessidade de modificar nenhum outro elemento externo daqueles que estão instalados no quadro e no motor.
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O SR-VVT mecânico da Suzuki na MotoGP
Voltamos à ideia principal desse movimento da Suzuki: economizar custos, além de não ter que fazer grandes alterações em nenhum dos elementos principais que compõem a atual Hayabusa.
Tudo aponta para que a Suzuki implemente este novo sistema VVT na em 2025, uma vez que o modelo 2024 já está sendo comercializado sob a forma de uma edição especial do 25º Aniversário em alguns mercados internacionais como França, EUA, Itália e Alemanha.
Vale destacar que o sistema centrífugo da Suzuki, lançado em 2017, e chamado SR-VVT, tem um histórico interessante. Ele é realizado em fases, mas as corridas da MotoGP baniram sistemas VVT hidráulicos e elétricos.
Para poder usar o VVT nas corridas, a Suzuki surgiu com um sistema totalmente mecânico. Mas ao invés de ser movida pela pressão do óleo do motor, há uma série de esferas de aço nas ranhuras curvas na seção externa.
À medida que o conjunto ganha rotação, as esferas movem-se para fora pela força centrífuga contra a pressão da mola, girando as duas partes em relação uma à outra e mudando por tanto a atuação das válvulas.
Simples e efetivo, coisa que os japoneses sabem fazer, e bem!