A Suzuki GSX-R1000 é a superbike mais poderosa da Casa de Hamamatsu e está comemorando seu aniversário de 20 anos.
Durante sua jornada a GSX-R só foi retirada do mercado em 1998, tendo como substituta a TL 1000 R, uma curiosa moto equipada com um motor bicilíndrico em V a 90º que imitava a Ducati e a Honda VTR1000 SP1.
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A Suzuki levou quase três anos para retornar com sua superbike com motor de quatro cilindros em linha e retorna com a GSX-R1000 em 2001. Era uma superbike atualizada e muito mais leve, mais poderosa e mais bonita do que a última versão. A potência era de 160 cv e seu peso de apenas 170 kg, em comparação com os 156 cv e 221 kg de peso das versões anteriores de 1.100 cm³.
A GSX-R750 de 1985 que deu origem à saga GSX-R, composta pelos motores de quatro cilindros em linha de 600 cm³, 750 cm³ e a 1.000 cm³, que chegou para ampliar a gama de possibilidades esportivas, principalmente para os pilotos mais experientes. Na verdade a GSX-R1.000 chegou para poder competir no Campeonato Mundial de Superbike, que estreou um novo regulamento permitindo deslocamento máximo de 1.000 cm³.
A partir deste momento o GSX-R1000 foi evoluindo ano após ano como ditavam as melhores superbikes da época, e assim foi até 2009, quando sua evolução foi congelada pela falta de interesse comercial em motocicletas esportivas de alto deslocamento, novos impostos, exigências ambientais e a crise, que afetou quase todas as marcas.
Mas esse hiato em sua evolução foi fechado com a chegada de uma nova GSX-R1000 em 2017, totalmente renovada e já equipada com todos os aparatos eletrônicos da atualidade.
Confira todas as gerações da gloriosa GSX-R1000 para celebrar seus 20 anos de história.
GSX-R1000 (2001)
Muito menor e mais leve, estreou um motor compacto de quatro cilindros de 988 cm³, DOHC de 16 válvulas, que entregava 160 cv a 10.000 rpm e tinha uma velocidade máxima de 287 km/h. Era basicamente uma GSX-R750 com um motor de 1.000 cilindradas, evidentemente com um chassi de alumínio mais reforçado e mais rígido, com duas barras mais robustas. Além disso, contava com um garfo invertido com tratamento anti-fricção de ouro nos tubos.
Chega também um sistema de freio com pinças dianteiras Tokico de seis pistões casadas com discos de 320 mm de diâmetro. Também continuam as famosas entradas de ar do sistema SRAD (Suzuki Ram Air Direct) que aumenta a potência nas altas velocidades.
GSX-R1000 (2003)
Primeira atualização com importantes mudanças na estética, no motor e nos acessórios, para ganhar leveza, agilidade, eficácia e potência. O chassi de dupla viga de alumínio e a balança traseira foram completamente revisados e a entrega de potência do motor foi suavizada.
Chega também uma nova ECU de 32 bits e um sistema de escape com coletores de titânio, e tal refinamento elevou a potência para 164 cv a 10.800 rpm. As pinças de seis pistões foram trocadas por pinças de 4 pistões mais convencionais, embora com ancoragem radial, e o peso da moto caiu 2 kg, chegando a 168 kg.
GSX-R1000 (2005)
Mais uma mudança radical na estética e alguns refinamentos no motor levaram a GSX-R 1000 a outro nível, com um visual mais aerodinâmico, elegante e imponente, sem perder as qualidades esportivas, aumentando a potência e reduzindo o peso.
Seu motor tetracilíndrico aumentou levemente o deslocamento graças a um aumento de 0,4 mm no curso e recebe ainda uma nova injeção eletrônica de válvula dupla, o SDTV, Suzuki Dual Throttle Valve, a válvula de escape SET e o Sistema avançado de exaustão Suzuki (SAES) com válvulas de admissão de titânio, elevando a potência para 178 cv a 11.000 rpm.
O novo chassi de alumínio era mais curto e com a distância entre eixos 5 mm menor para melhorar sua agilidade. Para reduzir o peso, foram instalados discos de freio dianteiros de 310 mm e o sistema de escape ganha uma ponteira única de titânio, baixando o peso para 166 kg, dois a menos que a K4.
GSX-R1000 (2007)
Neste ano a GSX-R1000 passou por um retoque no visual e no chassi, e introduziu algumas mudanças no motor para se adequar às novas regulamentações antipoluição Euro3. Como resultado, ganhou peso devido à adoção de um novo sistema de escape com catalisador, uma nova embreagem hidráulica e um amortecedor de direção eletrohidráulico, engordando seis quilos, chegando a 172 kg na balança. O Seletor de Modo de Condução Suzuki (S-DMS) chegou com três modos de potência.
GSX-R1000 (2009)
Em 2009 a GSX-R1000 chega completamente refeita, com novo chassi, balança traseira, motor, escapamento, estética e quase todos os seus equipamentos. Essa geração se tornou mais amigável ao piloto, menos radical e eficaz no circuito, buscando ser mais eficiente na estrada. Graças a um motor menor e mais curto foi possível instalar uma balança maior em 32 mm para garantir melhor tração no asfalto.
Chegam também as novas suspensões da Showa com o garfo dianteiro SBPF -Showa Big Pistão, pinças de freio dianteiro monobloco Tokico e uma bomba de freio radial Nissin.
O motor, totalmente novo, mudou a arquitetura e as dimensões internas, com curso mais curto para ganhar rotações e chegar a 999 cm³. A caixa de câmbio fica mais para cima do motor, empilhada verticalmente. Com todas as mudanças a potência foi elevada para 183 cv e o peso foi reduzido para 167 kg.
GSX-R1000 (2012)
Neste ano, as mudanças na ciclística, no motor e no sistema de escapamento reduziram seu peso, e a entrega de energia foi melhorada nas médias rotações com a parte eletrônica revisada. Entram as novas pinças de freio dianteiro monobloco da italiana Brembo casadas com um par de discos de freio mais finos e mais leves. As configurações do garfo foram otimizadas com o curso encurtado. Os números de potência permaneceram em 182 cv, enquanto seu peso foi reduzido para 165 kg.
GSX-R1000 (2013)
Para celebrar a GSX-R1000 de número 1.000.000 fabricada, foi lançada uma edição especial com uma decoração exclusiva e uma placa comemorativa da série limitada a 1.985 unidades. A Edição Comemorativa GSX-R1000 1 Milhão é tecnicamente idêntica ao modelo de 2012, e só muda esteticamente. A decoração comemorativa recebe entradas de ar decoradas em vermelho, grafismo exclusivo e rodas em branco brilhante. A chave de ignição ganha o logotipo GSX-R e uma placa na mesa superior traz o número de série.
GSX-R1000 (2017)
Introduzida como um protótipo em 2016, a GSX-R1000 surge em 2017 como uma superbike totalmente nova, recebendo toda a técnica e experiência da MotoGP, e é a versão que está no mercado até hoje. Ela vem equipada com eletrônica de última geração com controle de tração, central IMU, ABS inteligente para curvas, câmbio rápido, controle de largada na versão “R” e modos de potência personalizáveis.
O motor tetracilíndrico foi totalmente redesenhado, com curso ultra-curto para ganhar ainda mais rotações e muitas mudanças para torna-lo ainda mais eficiente. Além de refinar a eletrônica, incorporou um cabeçote com um comando de válvulas variável SR-VVT (Suzuki Racing Variable Valve Timing) e bicos injetores duplos em cada cilindro.
E para melhorar a estabilidade o chassi foi renovado e alterado para carregar mais peso na roda dianteira para transmitir melhor feedback ao piloto. O chassi é mais estreito e mais leve e agrega suspensões Showa BFFF, pneus novos com maior grip, iluminação total LED e painel LCD inspirado na MotoGP.
A versão de 2017 reina até hoje, é o ápice da saga e foi lançada em duas versões, a standard e a “R”, mais sofisticada e equipada com o garfo Showa BFFF com garrafa de gás em cada um dos tubos do garfo invertido, e atrás um monoamortecedor Showa BFRC, além de quickshifter, controle de largada e bateria de íons de lítio mais leve e eficiente.
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A Suzuki também lançou a edição especial Legend Edition dedicada aos seus pilotos campeões mundiais oficiais da categoria principal, uma edição com sete decorações diferentes para homenagear Barry Sheene (1976 e 1977), Marco Lucchinelli (1981), Franco Uncini (1982), Kevin Schwantz (1993), Kenny Roberts Jr. (2000) e Joan Mir (2020). E para celebrar o centenário da marca em 2020, também foi lançada uma edição especial do 100° aniversário limitada a 20 unidades, decoradas com as cores azul e prata, em homenagem às motos do Grande Prêmio da década dos anos 60.