SOMOS TODOS BANDIDOS
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SOMOS TODOS BANDIDOS

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  • Publicado: 01/04/2013
  • Por: jmesquita

Definitivamente, aquela velho ditado popular &quot;diga-me <span style="font-weight: bold;">com quem</span> andas e eu te direi quem &eacute;s&quot; mudou. Por aqui, agora vale o &quot;diga-me <span style="font-weight: bold;">em que</span> andas e eu tirei quem &eacute;s&quot;. E nesse caso, meu amigo, se voc&ecirc; andar de moto, ser&aacute; sumariamente rotulado como bandido. Bem, pelo menos &eacute; assim que pensa a Assembleia Legislativa de S&atilde;o Paulo e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, que sancionou, no &uacute;ltimo dia 12 de mar&ccedil;o, a Lei 14.955. Se voc&ecirc; n&atilde;o &eacute; de S&atilde;o Paulo, vou explicar. A partir de agora, se por acaso voc&ecirc; estiver viajando com a sua motocicleta e, de passagem pelo Estado, resolver parar em algum estabelecimento comercial para tomar um refrigerante, n&atilde;o se esque&ccedil;a de tirar o capacete para deixar claro que voc&ecirc; n&atilde;o vai assaltar o local, ok? Ah, se precisar parar para abastecer, lembre-se de que nos postos de combust&iacute;veis os motociclistas dever&atilde;o retirar o capacete antes da faixa de seguran&ccedil;a para abastecimento. Como o fato de voc&ecirc; n&atilde;o ser um assaltante n&atilde;o basta e todo castigo para motociclista &eacute; pouco, se voc&ecirc; for flagrado desrespeitando essa lei poder&aacute; ser multado em R$ 500, aplicada em dobro em caso de reincid&ecirc;ncia. Sinceramente, n&atilde;o sei se esse disparate &eacute; preconceito, simples e puramente burrice… ou os dois.<br /><br />Nesta edi&ccedil;&atilde;o foi dif&iacute;cil escolher o que entraria na capa, porque h&aacute; muita coisa interessante. Entretanto, confesso que entre tantas avalia&ccedil;&otilde;es, lan&ccedil;amentos, viagens e afins, sinto um orgulho especial por poder levar a nossos leitores a mat&eacute;ria de nosso colunista e colaborador Roberto Severo sobre a brasileir&iacute;ssima Amazonas. Poder conhecer um pouco dessa verdadeira hist&oacute;ria de amor pelo motociclismo nacional e de comprometimento com o que &eacute; benfeito me d&aacute; at&eacute; certa nostalgia. O mais curioso &eacute; que, salvo poucas exce&ccedil;&otilde;es, apesar de terem se passado tr&ecirc;s d&eacute;cadas desde o come&ccedil;o dessa hist&oacute;ria, o amadorismo hoje ainda persiste. Infelizmente n&atilde;o me refiro &agrave;quele amadorismo positivo, contagiante, e que levou um grupo de conhecidos com um sonho em comum e sem grandes recursos ou ambi&ccedil;&otilde;es a criar um &iacute;cone como a Amazonas. Hoje, no que se refere a motocicletas e quase tudo o que as envolve, o amadorismo vem de gigantes da ind&uacute;stria que ainda tratam o consumidor como um tolo, que n&atilde;o valorizam seus concession&aacute;rios, que n&atilde;o sabem o que &eacute; um p&oacute;s-venda de qualidade e que acham que n&oacute;s da imprensa vamos esquecer de desempenhar nosso papel de informar e questionar o que &eacute; de interesse de nossos leitores s&oacute; porque estamos diante de uma celebridade. Conseguir uma motocicleta de testes, muitas vezes, &eacute; considerado um favor e n&atilde;o como uma oportunidade de expor o seu produto a uma an&aacute;lise cr&iacute;tica para dezenas de milhares de consumidores. Curiosamente, quem trata o seu neg&oacute;cio (e tudo o que o envolve) com profissionalismo est&aacute; enxergando a concorr&ecirc;ncia de telesc&oacute;pio. Ser&aacute; coincid&ecirc;ncia? As entidades que nos representam tamb&eacute;m deveriam ser mais atuantes, colocar a cara a tapa. Nesse sentido, a Abraciclo vem demonstrando interesse em assumir esse papel. Francamente, acredito que eles s&atilde;o os &uacute;nicos que podem, ao mesmo tempo, transitar tanto por quest&otilde;es ligadas &agrave; ind&uacute;stria quanto ao nosso cotidiano de motociclista. Que tal come&ccedil;ar discutindo na justi&ccedil;a a Lei 14.955? Um abra&ccedil;o!

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