O número de roubos e furtos de motos na Grande São Paulo no 1º semestre de 2023 avançou 29% em relação ao mesmo período do ano passado. Levantamento realizado pela Ituran Brasil com dados da Secretaria de Segurança Pública de SP indicam que no período foram registradas 15.210 ocorrências, contra 11.760 no ano passado.
Segundo o estudo, furtos correspondem a 61,24% dos casos, enquanto roubos totalizam 37,86%. A pesquisa mostra que os incidentes envolvendo motos de alta cilindrada cresceu 26% no período, de 4.145 para 5.230 ocorrências.
Para Fernando Correia, coordenador de operações da Ituran Brasil, o crescimento do total de motos novas em circulação no país eleva a demanda por peças de reposição, o que consequentemente acaba elevando a quantidade de roubos e furtos para abastecimento de desmanches e vendas de componentes no mercado ilegal.
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“Observamos um forte crescimento no número de motos novas em circulação, o que, consequentemente, eleva a demanda por peças de reposição. Em 2022, o emplacamento de novas motos avançou 17,7% no Brasil em comparação ao mesmo período de 2021. Foi o melhor resultado dos últimos oito anos. E no primeiro semestre de 2023, já houve um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso traz reflexos nos roubos e furtos que abastecem os desmanches para venda de peças no mercado ilegal”, avalia o executivo, citando dados do Renavam.
Considerando todos os modelos de motos, a capital paulista registrou um aumento de 36%, de 6.980 para 9.538 ocorrências, na mesma base de comparação. “Santana passou do 10º para o primeiro lugar no ranking de bairros com maior número de casos, com um crescimento de 120% (de 110 para 242). Outro destaque foi o avanço 93%, de 122 para 236, na Vila Mariana, que levou o bairro do oitavo para o segundo lugar no ranking”, afirma.
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Na lista de cidades da Região Metropolitana de SP com maior número de roubos/furtos, Osasco passou a ocupar o segundo lugar, depois da capital, com crescimento de 54%, de 481 para 740. No ano passado, a cidade estava na quinta posição. Santo André, que era segunda colocada em 2022, caiu para o quarto lugar, após registrar uma queda de 12% no número de ocorrências, de 633 para 555.
A moto mais vendida também é a mais visada
A Honda CG 160 é a moto mais vendida do Brasil, contabilizando mais de 240 mil emplacamentos no acumulado até julho, segundo dados da Fenabrave. Ela também permanece no topo do ranking do estudo da Ituran Brasil, com um aumento de 41,9% nas ocorrências, de 3.396 para 4.819 roubos e furtos. Para esse modelo, a proporção era em 2022 de 71,61% em furto e para roubo 28,39%. Em 2023, o furto subiu para 76,34% e roubo passou para 23,66%.
“Um dos destaques é o crescimento de roubos e furtos do modelo Yamaha Fazer 250, que subiu do quarto para o segundo lugar no ranking. Foram 836 ocorrências no primeiro semestre de 2023, uma alta de 23,5% sobre o mesmo período do ano passado”, completa Correia.
Veja as 10 motos mais roubadas na Grande SP no 1º semestre
- 1º Honda CG 160: 4.819
- 2º Yamaha Fazer 250: 836
- 3º Honda CG 150: 804
- 4º Honda PCX 150: 779
- 5º Honda CBX 250 Twister: 616
- 6º Honda XRE 300: 603
- 7º Honda CG 125: 495
- 8º Yamaha XTZ 250 Lander: 489
- 9º Honda NXR160 Bros: 346
- 10º Yamaha MT-03: 312
Fonte: Ituran Brasil, com dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo