O Estado de São Paulo registrou aumento de 7,26% nos roubos e furtos de motos em 2024, em comparação com o ano anterior. Foram registrados 38.039 boletins de ocorrência no total, sendo 36.735 relacionados a motocicletas e 1.304 eventos com motonetas. Os dados são do Boletim Tracker-Fecap, que acaba de ser divulgado.
Roubo e furto | Motocicleta | Motoneta/scooter | Total geral |
2024 | 36.735 | 1.304 | 38.039 |
2023 | 34.143 | 1.322 | 35.465 |
Os furtos a motos correspondem a 27.283 ocorrências, um aumento de 11,7% na comparação com 2023, que registrou 24.423 casos. Já os roubos somaram 10.756 ocorrências em 2024, com diminuição de 2,59% em relação ao ano anterior, quando tivemos 11.042 registros.
“A modalidade furto é a mais praticada pelos criminosos por envolver menor risco. Além disso, a pena imposta ao criminoso é mais branda”, analisa o gerente de Comando e Monitoramento do Grupo Tracker, Vitor Corrêa.
Cidades mais perigosas
A publicação indica que 75,74% das ocorrências envolvendo motos estão concentradas em 20 municípios. “Esse dado evidencia a necessidade de ações de segurança pública direcionadas e estratégias específicas para cada uma delas”, afirma o pesquisador da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) responsável pelo estudo, Erivaldo Vieira.
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- A liderança na concentração de ocorrências permanece na capital, com um aumento de 9% no número de casos, subindo de 14.185 em 2023 para 15.474 em 2024;
- Campinas caiu da segunda para a terceira posição, com redução de 8,5% no número de ocorrências (1.429 em 2024 contra 1.562 em 2023).
- Guarulhos apresentou um aumento significativo de 40,1%, subindo da sétima para a terceira posição (1.250 ocorrências em 2024, comparado com 892 em 2023).
- Osasco manteve-se no quarto lugar, com um pequeno aumento de 0,7% no número de casos (1.143 em 2024 contra 1.135 em 2023).
- São Bernardo do Campo e Santo André subiram posições com um aumento de 7,7% e 11,3% respectivamente.
- Santos e Sorocaba também tiveram aumentos consideráveis, com a primeira subindo para a 8ª posição com alta de 11,6% e a segunda se mantendo na 7ª com um aumento de 32,9%.
- Já Campinas, Diadema (-10,6%) e Praia Grande (-7,3%) registraram redução de eventos.
Bairros e vias mais perigosos
Com 4.911 ocorrências, os 20 bairros mais afetados representam 31,7% do total de roubos e furtos de motos na cidade de São Paulo (15.474). Os percentuais mais significativos foram em Santana, Barra Funda e Bela Vista, com variações de 21,2%, 55,7% e 19,7%, respectivamente. Por outro lado, Lapa, Vila Mariana e Tatuapé tiveram redução nos casos.
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A Avenida Sapopemba teve elevação de 8,9% nas ocorrências, mantendo-se entre os logradouros com maior incidência de crimes. Em seguida vem Avenida das Nações Unidas, com crescimento de 7,1% nos eventos. E rua Voluntários da Pátria está em terceiro, com um pequeno aumento de 1,3%.
“Os maiores percentuais foram observados na Avenida Vereador Abel Ferreira, na Rua Adolfo Adam e na Rodovia Fernão Dias, com variações de 10,9%, 9,4% e 6,5%, respetivamente”, completa Erivaldo Vieira.
Modelos mais visados
A publicação destaca que motos de Honda e Yamaha são as mais visadas pelos criminosos, representando 68% dos 30 modelos mais roubados e furtados.
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Entre os modelos da Honda, a CG Fan 160 lidera o ranking de ocorrências em 2024. No caso da Yamaha, o modelo mais roubado foi a FZ25 Fazer. Em outras palavras, os modelos mais vendidos acabam sendo os mais visados.
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“A preferência está relacionada ao grande número de unidades em circulação, o que as torna mais fáceis de revender no mercado ilegal de peças”, diz o especialista do Grupo Tracker.
Indicador de vulnerabilidade
O Boletim Tracker-Fecap traz um indicador inédito sobre a vulnerabilidade das cidades do Estado de São Paulo com relação aos roubos e furtos de motocicletas. Nesse sentido, o dado é a razão entre o número de boletins de ocorrência (BO) e o total de veículos (motocicletas + motonetas).
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O município com a maior taxa de risco para roubos e furtos de motos é Carapicuíba, com 2,80%. Contudo, Ribeirão Preto apresenta a menor taxa de risco (0,36%).
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