Após praticamente zerar a produção no mês de abril, a indústria brasileira de motos retomou gradualmente as atividades ao longo de maio, com a rotina nas fábricas se intensificando no final do mês.
De acordo com informações da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), as fábricas de motos instaladas no Polo Industrial de Manaus produziram 14.609 motocicletas em maio, número 888,7% maior do que as 1.479 unidades fabricadas em abril, período em que a produção ficou praticamente paralisada por conta da pandemia do coronavírus. Já em relação a maio do ano passado, que registrou 100.998 unidades produzidas, houve uma queda de 85,5%.
“As atividades começaram a ser retomadas na primeira quinzena de maio, com o retorno de aproximadamente metade das fábricas que estavam paradas. Na última semana do mês a volta das atividades fabris chegou a 80%. Os dados de maio refletem essa retomada das atividades do setor e apontam para tendência de uma nova melhora no comparativo mensal de produção em junho”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano foram fabricadas 313.687 motocicletas, representando uma redução de 33,1% na comparação com o mesmo período de 2019, período que totalizou 468.984 unidades produzidas.
Fermanian acrescenta que o cenário é de incerteza, de forma que ainda não será possível refazer as projeções para este ano. “Precisamos acompanhar atentamente o mercado nas próximas semanas para termos uma base mais ampla e confiável antes de revisarmos os números”, diz.
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Em maio, as vendas no atacado cresceram 254,8% em relação a abril. No período foram repassadas para as lojas 18.355 motocicletas contra 5.173 unidades no mês anterior. Porém, em relação ao mesmo mês do ano passado houve um recuo de 80,8% (95.755 unidades). Já no acumulado até maio de 2020 as vendas no atacado somam 300.930 unidades, queda de 34,1% sobre as 456.772 unidades do mesmo período de 2019.
Já as exportações de motocicletas no acumulado do ano somaram 7.487 unidades, representando uma queda de 57,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (17.538 unidades). O maior volume foi enviado para a Argentina (4.285 unidades e 43% do total exportado). Na sequência, aparecem Colômbia (1.372 unidades e 13,8%) e Estados Unidos (1.294 unidades e 13%).
