Mais uma marca importante para a indústria brasileira de motos! Até novembro, as fábricas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), que movimenta cerca de 98% do mercado nacional, superaram toda a produção de 2018. Foram fabricadas 1.028.696 unidades, um volume 7,2% maior do que às 968.976 motos registradas no mesmo período do ano passado.
Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), que prevê para este ano a fabricação de 1.105.000 unidades, correspondendo a uma alta de 6,6% na comparação com 2018, que se encerrou com 1.036.788 unidades produzidas. Somente em novembro, saíram das linhas de montagem do PIM 93.128 motocicletas, o que representa uma alta de 3,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, que contabilizou 90.108 unidades. No entanto, na comparação com outubro deste ano, houve um recuo de 14,7%, já que foram fabricadas 109.118 unidades no décimo mês de 2019.
De janeiro a novembro, as vendas de motocicletas no atacado, ou seja, das fabricantes para as concessionárias, totalizaram 1.012.967 unidades, significando um crescimento de 13,7% ante as 890.737 unidades registradas no mesmo período de 2018. Somente em novembro, as vendas no atacado somaram 94.358 unidades, correspondendo a um aumento de 8,3% em relação ao mesmo mês de 2018 (87.136 unidades), mas com recuo de 8% na comparação com outubro do presente ano (102.545 unidades).
Segundo o 1º vice-presidente da Abraciclo, Hilário Kobayashi, o aumento da produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus visa atender uma demanda crescente que foi verificada ao longo do ano. Ele destaca que o aumento da oferta de crédito colaborou para a expansão do mercado, além da nova safra de motocicletas, mais modernas e com novas tecnologias. “Elas tornam a mobilidade urbana mais ágil, flexível, com baixo consumo de combustível e menor custo de manutenção”, diz o executivo, indicando como exemplo disso o recorde histórico de vendas das motocicletas da categoria Scooter registrado antes mesmo do final do presente ano.
As Street (motos de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano) lideram as vendas no acumulado até novembro, com 503.138 unidades e 49,7% de participação no mercado até novembro.
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Na sequência aparecem Trail (motos de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado), com 201.600 unidades e 19,9% de participação, Motoneta (motociclo underbone, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático), com 151.983 unidades e 15% do mercado.
Os Scooter (motociclos de câmbio automático ou semiautomático, concebidos para privilegiar o conforto), registram 88.868 unidades comercializadas no acumulado até novembro e 8,8% de participação no mercado. Com números maiores do que os do ano passado, a categoria atingiu um recorde histórico, já que até novembro de 2018, 62.070 foram vendidos.
Já no quinto posto das categorias aparecem as Naked (motos sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados), com 23.379 unidades e 2,3% do mercado no acumulado de 2019.
As posições foram mantidas no ranking específico de novembro: Street (44.560 unidades e 47,2% de participação), Trail (20.051 e 21,2%), Motoneta (13.203 e 14%), Scooter (9.964 e 10,6%) e Naked (2.281 e 2,4%).
As exportações de motos atingiram 35.560 unidades no acumulado até novembro, o que corresponde a uma queda de 45,3% em relação às 65.062 unidades embarcadas no mesmo período de 2018. Segundo o portal Comex Stat, que registra os volumes de embarques totais de cada mês, analisados pela Abraciclo, a Argentina é o país que recebe mais motocicletas produzidas no PIM, com 16.974 unidades e 47% de participação. Em segundo lugar, ficaram os Estados Unidos (6.802 unidades e 18,9%), seguidos pela Colômbia (5.208 unidades e 14,4%).
Somente em novembro foram exportadas 3.276 motocicletas, representando uma queda de 8,3% na comparação com o mesmo mês de 2018 (3.571 unidades) e um aumento de 4,1% em relação a outubro deste ano (3.148 unidades). No ranking mensal, a Argentina mantém o posto de principal parceiro comercial com 1.246 unidades recebidas e 39,7% de participação. A Colômbia ficou em segundo lugar (743 unidades e 23,7%) e os Estados Unidos em terceiro (514 unidades e 16,4%).