Fevereiro teve 107.046 motos produzidas pelas fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus, o melhor resultado para o mês desde 2015, quando foram feitas 110.823 unidades. Os números estão no último relatório apresentado pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, a Abraciclo.
O resultado de fevereiro corresponde a uma alta de 28,1% superior a janeiro (83.543 unidades) e 84,5% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (58.014 motocicletas), indica o documento.
Já no primeiro bimestre, a indústria de motocicletas acumulou 190.589 unidades produzidas, volume 70,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram feitas 111.645 motos. A marca de 190 mil unidades havia sido alcançada no primeiro bimestre de 2020, antes da primeira onda de Covid-19 no país, quando foram produzidas 194.734 motocicletas.
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Mercado: as 20 motos mais emplacadas em fevereiro
Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, avalia que a produção de motos no Brasil está em ritmo de retomada. “No primeiro bimestre de 2021 tivemos grandes dificuldades devido a segunda onda da pandemia em Manaus. Já em janeiro deste ano, a variante Ômicron afetou o ritmo da produção. Agora, a tendência é de evolução e crescimento para atender a demanda”, comenta o executivo, que destaca que as empresas do setor estão atentas às instabilidades globais e suas consequências que podem afetar o fornecimento de insumos e, consequentemente, a produção.
O presidente da Abraciclo comenta que as associadas têm se esforçado para atender aos pedidos dos consumidores e que a tendência é que a demanda siga em alta. “O consumidor tem na motocicleta uma alternativa de deslocamento ágil e seguro, com menor custo de manutenção e que pode ser utilizado como instrumento de trabalho ou lazer. Além disso, o fator economia de combustível está levando muitos consumidores a optarem pela motocicleta no dia a dia”, explica.
Varejo também cresce
No primeiro bimestre foram emplacadas 163.693 motocicletas, alta de 14,3% sobre as 143.812 unidades do mesmo período de 2021. Já em fevereiro, os licenciamentos somaram 74.032 unidades, uma queda de 17,4% em relação às 89.661 motocicletas registradas em janeiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 57.384 motocicletas, houve um crescimento de 29%.
Fermanian afirma que a redução no número de emplacamentos é resultado do menor volume de produção de motocicletas alcançado em janeiro. “A queda na produção impacta diretamente as vendas no mês seguinte. Agora, com a retomada da produção, os números de vendas devem apresentar crescimento”.
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A Street foi a categoria mais emplacada, com 35.522 unidades e 48% do mercado, seguida por Trail (14.119 motocicletas e 19,1% de participação) e Motoneta (9.928 unidades e 13,4%).
Segundo a Abraciclo, as motos de baixa cilindrada – de até 160 cilindradas – responderam por 82,8% dos emplacamentos, com 61.321 unidades. Os modelos de 161 a 449 cilindradas representaram 13,6% dos negócios, com 10.081 unidades; e as motocicletas acima de 450 cilindradas somaram 2.630 licenciamentos, o que representa 3,6% do mercado.
Mercado de motos por região
O Sudeste é o maior mercado das motocicletas produzidas em Manaus, com 64.299 unidades vendidas no primeiro bimestre de 2022, o que corresponde a 39,3% do mercado. Na sequência aparecem Nordeste (49.975 motocicletas licenciadas e 30,5% de participação), Norte (18.144 unidades e 11,1% de participação), Sul (16.183 unidades e 9,9%) e Centro Oeste (15.092 unidades e 9,2%).
Exportações de motos caem no bimestre
Foram exportadas 6.643 motocicletas nos dois primeiros meses de 2022, número 2,7% menor do que as 6.830 unidades enviadas ao exterior no mesmo período do ano passado. Segundo o documento da Abraciclo, Argentina (1.860 motos), Estados Unidos (1.684) e Colômbia são os principais destinos das motos produzidas no Brasil.
Em fevereiro, os embarques para o mercado externo somaram 3.315 unidades, recuo de 0,4% sobre janeiro e alta de 13,3% sobre fevereiro do ano passado, quando foram exportadas 3.328 e 2.926 motocicletas, respectivamente. Mês passado o principal destino das motos brasileiras foi o Uruguai, com 1.008 unidades, seguido dos Estados Unidos (922) e da Colômbia (900).