Chegou a hora! Você comprou seu sonhado carro 0km, e aquela máquina dos seus sonhos, que parecia inquebrável, começa a apresentar alguns problemas. Um pneu careca aqui, uma alinhamento e balanceamento ali, somados a uma embreagem desgastada e pronto: um prejuízo não esperado. Enquanto isso, quem escolheu uma moto para ser o seu veículo de uso diário, pode estar rindo à toa.<br /> Além de promover economia de combustível e permitir que você percorra o trânsito com agilidade, ganhando horas de seu dia, as motos possuem uma manutenção muito mais simples e barata.<br /><br />Para se ter uma visão mais nítida da economia que pode ser feita com os cuidados mecânicos da motocicleta, comparamos os valores de manutenção dos modelos mais vendidos do Brasil de carro e moto (peças originais). Assim, esta disputa entre duas e quatro rodas ficou entre a best-seller Honda CG 125 Fan, que até setembro de 2010 vendeu 284 219 unidades, e o tradicional Gol G4. O famoso hatch brasileiro vendeu em todo o seu mix, englobando as outras versões do Gol, 208 421 unidades (a Volkswagen não divulga números exatos da porcentagem correspondente ao G4, mas diz que é o mais vendido), no mesmo período. A diferença de preços entre as <br />peças de cada veículo é gritante, sem contar com a mão de obra, sempre mais cara nos carros. “Escolhi a moto para uso diário, no lugar do carro, por causa da manutenção mais barata. Além disso, ganho muito tempo e economizo em combustível”, explicou o técnico automotivo, Marcelo de Barros. Proprietário de duas CG, uma 125 e outra 150, Barros nem pensa em deixar de usar as motos, pois a economia é grande. “Às vezes, um sensor que quebra em um carro pode custar mais que muitas peças em uma motocicleta”, acrescentou o técnico. Em cotações feitas por nossa equipe em concessionárias Honda e Volkswagen, escolhidas aleatoriamente, constatamos a grande economia que é gerada pela manutenção da motocicleta.<br /><br /> Por exemplo, uma cesta de peças utilizada na manutenção preventiva dos veículos mostra um valor quatro vezes maior nos itens do carro. Isso, na verdade, sem contabilizar a mão de obra, que possui valor mais alto nos automóveis. Em média, o preço da hora de serviço nas motos gira em torno de R$ 55, enquanto por um automóvel pode ser cobrado R$ 135 a hora. “As motos apresentam maior simplicidade de resolução de um problema. O acesso para certas partes de um automóvel é muito mais complicado, enquanto na moto está tudo mais ao alcance para se trabalhar. Quando existe um problema, o tempo de oficina é muito mais curto”, afirmou Fábio de Souza, líder de oficina da Honda Moto Remaza.<br />Ao analisar outros itens específicos, como a troca de uma embreagem, por exemplo, a discrepância fica ainda mais evidente. Se tiver de trocar a embreagem do Gol, pode ter de desembolsar um total de <br />R$ 805,66, somando as peças mais a mão de obra. Já o proprietário de uma CG Fan gasta, em média,<br />R$ 204,45, ou seja, quase quatro vezes mais barato. Além disso, outro fator que pesa, comparando a manutenção de ambos, é o fato de que muitos motociclistas podem fazer o serviço em sua motocicleta. Praticamente, qualquer pessoa está habilitada e tem os equipamentos necessários para fazer alguns reparos em uma motocicleta, o que faz economizar na mão de obra. No caso de um automóvel, fica impossível você fazer a troca de óleo em sua casa, enquanto na moto tudo é muito simples. <br /><br />Para exemplificar a economia obtida com a moto, ao alcançar 40 000 km, o usuário de motocicleta terá trocado o óleo de sua máquina oito vezes, a cada 5 000 km, e gasto R$ 120. Enquanto o dono de um automóvel terá gasto <br />R$ 912 em quatro trocas de óleo, uma a cada 10 000 km percorridos. Com certeza, andando de motocicleta seu bolso irá te agradecer!
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