O motorista que atropelou o ex-piloto norte-americano da MotoGP, Nicky Hayden, enquanto ele andava de bicicleta na Itália, em 2017, foi condenado a um ano de prisão pela corte de Rimini, de acordo com informações do site inglês Visor Down. A sentença foi divulgada mais de um ano após o incidente e a decisão permite recurso, que deverá ser entregue ao juiz em 30 dias.
Além de ir preso, o motorista de 31 anos terá de pagar os custos do processo e teve sua habilitação para dirigir revogada. O réu ainda está respondendo a um processo civil movido pela família de Hayden no valor de seis milhões de dólares, o que equivale a mais de R$ 22 milhões.
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O advogado dele, Pierluigi Autunno, já avisou que vai recorrer. “Tem sido um drama para duas famílias”, disse ele. “Nós acreditamos que meu cliente fez de tudo para evitar o acidente e nós vamos apelar”, concluiu o advogado.
Hayden foi atingido pelo carro após passar direto por um sinal de parada obrigatória enquanto andava de bicicleta pela região italiana. A corte de Rimini condenou o motorista após ouvir especialistas, que constataram que ele dirigia a 70 km/h em uma área onde o máximo permitido era 50 km/h. O juiz entendeu que se estivesse dentro do limite de velocidade, o motorista poderia ter evitado o acidente. O piloto faleceu após cinco dias no hospital por conta dos ferimentos.
Em 2006, Nicky Hayden foi campeão mundial de MotoGP pela Honda e entre 2009 e 2013 pilotou pela Ducati. Hayden migrou para o Mundial de Superbike em 2016, onde competia pela Honda até o dia em que morreu, em maio do ano passado, aos 35 anos. No meio do ano, o piloto ganhou uma estátua em sua cidade natal, Owesboro, que fica no Estado norte-americano do Kentucky e lhe conferiu o apelido de Kentucky Kid.