Para o paulistano, o tempo é um recurso valioso. A pressa da capital, combinada com a rotina de congestionamentos, faz com que cada minuto livre seja considerado um luxo. Um novo estudo do Instituto Locomotiva revela uma preferência surpreendente: seis em cada dez moradores de São Paulo optariam por uma hora extra de tempo livre por dia em vez de um aumento de 10% na renda mensal.
A pesquisa destaca a motocicleta como um meio de transporte essencial para nove em cada dez paulistanos que buscam enfrentar os desafios da mobilidade urbana.

Mobilidade e desigualdade: um gargalo diário
O estudo mostra que o problema da mobilidade vai além do trânsito. Sete em cada dez paulistanos afirmam que o tempo gasto em deslocamentos atrapalha outras atividades importantes. O impacto é ainda mais sentido nas comunidades de baixa renda.
- Espera e ineficiência: Em favelas, 90% dos moradores reclamam do tempo de espera nos pontos de ônibus, e 68% consideram as linhas de metrô e trem insuficientes para seus trajetos diários.
- Acesso limitado: A infraestrutura urbana também é um obstáculo. Mais da metade dos moradores de favelas (56%) relata dificuldades para acessar suas casas, muitas vezes localizadas em vielas e ladeiras.
- Rotas que desviam: Oito em cada dez entrevistados, incluindo 87% dos moradores de favelas, acreditam que as rotas dos ônibus aumentam desnecessariamente o tempo de viagem, evidenciando a percepção de que o sistema de transporte público não atende quem mais depende dele.
Moto por aplicativo é solução em duas rodas
Nesse cenário, a moto por aplicativo surge como uma alternativa eficiente e acessível. A pesquisa mostra que nove em cada dez entrevistados veem esse meio de transporte como essencial, especialmente em áreas com pouca oferta de transporte público.
A principal vantagem da moto por aplicativo, segundo os entrevistados, é a possibilidade de seguir rotas diretas, sem desvios. Para moradores de favelas, o menor tempo de espera em comparação com ônibus e trens é um benefício crucial, enquanto para a população em geral, o custo reduzido em relação a carros de aplicativo é um fator determinante.
O uso já é uma realidade: três em cada quatro paulistanos já utilizaram uma moto como meio de transporte, e 80% dos moradores de favelas afirmam que usariam uma moto por aplicativo em situações de atraso, imprevistos ou compromissos importantes.
Tempo livre para o que realmente importa
O impacto da mobilidade no dia a dia é significativo. Cerca de 85% da população geral e 82% dos moradores de favelas já perderam compromissos de trabalho, saúde ou família devido a atrasos no transporte.
Se tivessem mais tempo, os paulistanos priorizariam a saúde física e mental e passariam mais momentos com amigos e familiares. O estudo reforça a moto por aplicativo como uma resposta direta a esses desafios, oferecendo rotas que funcionam para quem mais precisa.
“O estudo mostra que os desafios de mobilidade enfrentados pelos moradores de favelas começam na porta de casa, com infraestrutura precária, e seguem nos trajetos que muitas vezes não funcionam para eles. Modais como a moto por aplicativo oferecem uma resposta direta a esses gargalos”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
Outro estudo, da Uber, mostra que a renda média nas áreas de embarque do Uber Moto é 42% menor do que a das viagens de carro, confirmando que o serviço chega justamente a quem mais precisa.