Em coletiva de imprensa realizada em São Paulo (SP), a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) divulgou os números atualizados do mercado e as projeções de fechamento do ano, uma vez que estamos chegando ainda ao meio de dezembro. E, para a felicidade de motociclistas e entusiastas, 2018 irá terminar no azul.
Segundo os números divulgados pela entidade, até novembro deste ano foram emplacadas 856 045 motocicletas, o que corresponde a um aumento de 10,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 773 576 motos. Somente em novembro, o número de emplacamentos foi de 76 792 motos, enquanto o mesmo mês de 2017 não passou das 65 277 unidades.
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A Abraciclo ainda espera que 2018 termine com cerca de 939 000 motos vendidas, quebrando o ciclo de quedas anuais e ainda com crescimento de 10,3% se compararmos com o ano passado. Já a produção segue o bom ritmo e deverá fechar o ano superando a marca de um milhão de motos saindo das plantas fabris do PIM, o Polo Industrial de Manaus.
Projeções positivas
Na avaliação de Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o desempenho expressivo do setor no acumulao do ano reflete a recuperação do cenário econômico, aumento da oferta de crédito e, principalmente, a volta da confiança do consumidor. “Outro fator foi o significativo aumento de lançamentos de produtos, foram mais de 40 modelos ante 32 em 2017”, comenta o executivo.
Outra boa notícia dada pela entidade é que 2019 vai continuar próspero para o nosso segmento. A Abraciclo acredita que o mercado crescerá pouco mais de 6% no ano que vem e as vendas de motos ficarão próximas de um milhão de unidades. Também é esperado que a produção continue em alta para acompanhar o varejo e fique na casa das 1 080 000 motocicletas.
Exportações em baixa
Entretanto, nem tudo são flores para o mercado de motos. Até novembro, as exportações apresentaram queda de 12,9% e totalizaram 65 062 unidades, ante as 74 682 de 2017. Segundo a Abraciclo, o recuo está ligado à redução de demanda por parte da Argentina, que é o principal destino das motocicletas produzidas no PIM.
Segundo levantamento do MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, nos 11 meses do ano, a Argentina absorveu 70,8% do volume exportado, seguida dos EUA (8,8%) e Colômbia (7,5%). A previsão da Abraciclo é que o ano termine com uma queda total de 14,4%, incluindo os números de dezembro. Infelizmente, as projeções da Abraciclo indicam também que o déficit nas exportações deverá ser ainda maior em 2019, chegando na casa dos 30%.
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