A Honda aproveitou sua apresentação no EICMA 2018, o Salão de Milão, na Itália, para mostrar muitas novidades para a família CB. A principal delas é a CB 650R, que irá substituir a atual CB 650F no mercado europeu e – como já havíamos adiantado por aqui – adota o conceito visual Neo Sports Café, já presente na CB 1000R e nas pequenas CB 125R e CB 300R.
Com design muito próximo ao do conceito revelado no Salão de Paris, no mês passado, a moto adota linhas retrô, farol redondo em LED outras novidades, como controle de tração e painel digital redesenhado, que partilha com a também nova CBR 650R. Da mesma forma que sua irmã maior, recentemente confirmada para o Brasil.
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Honda CB 650F é sinfonia em quatro cilindros
O motor, ao que tudo indica, segue o mesmo quatro cilindros em linha DOHC de 649 cm³ e arrefecimento líquido. O propulsor é capaz de gerar até 88,5 cv de potência a 11 000 rpm, enquanto o torque máximo é de 6,22 kgf.m e está disponível nos 8 000 giros. O câmbio é de 6 marchas e recebeu o auxílio da embreagem deslizante e assistida, para reduzir o esforço do piloto.
Outra melhoria recebida pelo modelo recentemente que pode ser integrada em sua versão retrô/futurista é a suspensão dianteira de dupla válvula (Showa Dual Bending Valve – SDBV). Sem regulagem externa para ajustes, ela trabalha com as duas válvulas abertas quando se anda devagar, deixando o conjunto mais macio para garantir conforto. Já quando o piloto gira o acelerador, a carga maior recebida pelo garfo fecha uma das válvulas, endurecendo a suspensão e conferindo mais estabilidade, para uso esportivo.
CBR 650R: ainda mais esportiva
Outra moto que também mudou muito é a CBR 650, que abandonou a letra F no final para adotar definitivamente o R, mostrando que assumiu de vez o posto de esportiva média. Com a nova letra veio um visual totalmente reformulado, com linhas e carenagem praticamente idênticas aos da atual geração da CBR 1000RR Fireblade.
E a esportividade não é só por fora. O motor tetracilíndrico de 649 cm³ também está mais apimentado e agora é capaz de entregar 5% a mais de potência acima das 10 000 rpm. O pico de potência agora é de 95 cv a 12 000 rpm, enquanto o torque máximo de 6,5 kgf.m chega nos 8 500 giros. A taxa de compressão também mudou de 11.4: 1 para 11.6:1. O peso da moto ém ordem de marcha é de 207 kg. Nada menos que 6kg mais leve do que sua antecessora.
Assim como a nova CB 650R, a esportiva peso-médio também recebeu painel digital colorido, controle de tração – que pode ser desligado – e o auxílio da embreagem deslizante e assistida no manete. Para acentuar ainda mais o novo tom radical da moto, a Honda disponibiliza o câmbio quickshift para subir marchas mais rapidamente, sem apertar a embreagem, como opcional.
CB 500X: quase uma maxitrail
A família CB 500 também recebeu melhorias. Enquanto a naked CB 500F e a esportiva CBR 500R tiveram alterações sutis no escape e nas formas que acentuaram a agressividade do design, a crossover CB 500X recebeu uma atualização digna de fazê-la mudar de segmento. Mais aventureira, a moto agora conta com uma roda dianteita de 19” e suspensões com curso 10 mm mais longo no garfo, que agora é de 150 mm; e no monoamortecedor traseiro, que passou de 118 mm para 135 mm. Tudo para garantir um desempenho melhor fora do asfalto.
Já no motor bicilíndrico de 471 cm³, nenhuma mudança nos números de desempenho. Ele segue entregando cerca de 50 cv, mas agora produz 4% a mais de torque e potência na faixa entre os 3 000 e 7000 giros, graças a revisões no tempo de abertura das válvulas e níveis de admissão e escape. Assim como os modelos maiores, a CB 500X e os outros membros da família, também receberam embreagem assistida e deslizante para melhorar as mudanças no câmbio de seis marchas e um painel digital redesenhado.
Os conceitos de 125cc
Para fechar a apresentação da Honda no evento, estão no estande os conceitos CB 125X (branco, à esquerda) e CB 125M (vermelho, à direita). Feitas com a mesma base da CB 125R, o menor membro da família Neo Sports Café, as motos trazem motor monocilíndrico de 125 cm³ arrefecido a líquido e freios ABS guiado por IMU (Unidade de Medida Inercial) em abas as rodas.
Criadas pelo centro de design da Honda em Roma, na Itália, a trail e a supermoto trazem contornos futuristas ao segmento de baixa cilindrada. Claramente pensadas para atrair o público mais jovem, mas ainda sem nenhuma previsão de vir ao mundo como modelos de produção. Mas, conhecendo a marca japonesa, a gente sabe que elas podem muito bem aparecer em versões finais já no ano que vem.