A Harley-Davidson está em busca de um novo CEO. Jochen Zeitz manifestou intenção em deixar o cargo no final deste ano. Com isso, o executivo encerra um ciclo marcado por tentativas de reestruturação e desafios persistentes no mercado global de motocicletas.
Conhecido por sua atuação na Puma durante um período de crise financeira, Zeitz entrou na Harley-Davidson em 2007, assumindo como CEO em 2020. Durante seu período no comando, lançou o plano de cinco anos chamado Hardwire, com foco na rentabilidade, inovação e reposicionamento da marca no cenário global.

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Entre os pilares dessa estratégia, destacou-se o investimento na linha elétrica LiveWire, criada para atrair novos motociclistas e modernizar a imagem da marca. A Harley também intensificou esforços em mercados internacionais. Com isso, a marca deixou de atuar em países onde não obtia lucro, e reforçou a presença nos segmentos Cruiser e Touring.

No entanto, o plano enfrentou obstáculos significativos. Analistas ouvidos pela agência Reuters afirmam que fatores como o aumento das taxas de juros e a mudança no perfil do consumidor — que passou a buscar modelos mais acessíveis — limitaram o sucesso da estratégia.
Como reflexo dessas dificuldades e o envelhecimento dos consumidores da marca, o volume global de vendas despencou: de mais de 300 mil motos em 2008 para apenas 151 mil unidades em 2024.
Com a saída de Zeitz, a Harley-Davidson entra em um novo momento de transição. O executivo continuará como CEO interino até que o conselho da marca anuncie um novo nome para liderar a tradicional fabricante americana rumo a uma retomada.
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