<p>Uma disputa processual entre a Harley-Davidson e o Grupo Izzo está ocorrendo na justiça (<a href="http://motociclismo.terra.com.br/index.asp?codc=829">acessar link</a>). Após a marca norte-americana se pronunciar, agora foi a vez de a empresa brasileira emitir sua declaração. No momento, o caso aguarda julgamento no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. <strong>Segue trechos da nota:</strong> “Depois que o mercado foi criado, milhares de motos foram vendidas, milhões de brasileiros impactados pelas estratégias locais da marca, depois de muito dinheiro investido, de quase vinte anos de trabalho árduo e de superação constante, o momento de discutir a transição da operação e a entrada direta da H-D chegou. Em comum acordo, o grupo Izzo e a gestão global da marca iniciaram negociações para abreviar o contrato entre eles, que tem vencimento previsto para 2015. Não se podia imaginar outro caminho que não levasse em conta o sentido de comunidade construído nesses dezenove anos e os compromissos assumidos entre H-D, grupo Izzo, que fizeram do Brasil o mercado de maior crescimento para a marca no mundo. As negociações, contudo, acabaram tomando um rumo que não se poderia prever. Enquanto se buscava uma solução que reconhecesse os acordos existentes e as contribuições de todos para o sucesso da marca no país, a gestão global da marca optou unilateralmente por uma ação judicial que funcionasse como um atalho para a rescisão do contrato. A Justiça não deu apoio para o rompimento do contrato. Após conceder uma decisão liminar que antecipava a interrupção, a mesma instância judicial mudou seu entendimento, ao ter contato com informações mais precisas, e cassou a referida decisão. As responsabilidades do grupo Izzo pelo desenvolvimento da marca e o relacionamento com os mais de 20 mil proprietários de H-D no Brasil continuam em vigor. Em nosso contato diário e pessoal com a comunidade de amantes de motos no Brasil, temos sofrido algumas frustrações nos últimos meses. O controle sobre o fornecimento de peças para os serviços de manutenção está fora do alcance do Grupo Izzo. Por compromisso com os consumidores, estabelecido em contrato, todas as peças que usamos são fornecidas exclusivamente pelo fabricante das motos. Nem sempre, porém, as peças têm estado disponíveis no momento ideal e desejado, causando um desconforto que não condiz com o tipo de relacionamento que sempre tivemos com nossos clientes. Uma falta de recursos que não combina com a grandeza desta marca. A história que contamos nesta carta é pública.” <strong>Segue abaixo, na íntegra, carta do Grupo Izzo: </strong>“Dizem que toda Harley-Davidson tem uma história. A nossa é uma história de paixão. Ou paixões. Tudo começa no verão de 1991, no sul da França, na charmosa cidade de St. Tropez. Paulo Izzo e um amigo nem podiam imaginar onde duas Harley alugadas, de um pequeno revendedor local, para um simples passeio pelo litoral, iria levá-los: uma viagem que já dura 19 anos. Completamente conquistado pela marca, Paulo, de volta ao Brasil, sai em busca de um modelo que esteja à venda no país. Depois de muita procura o empresário encontra duas Harley-Davidson antigas em uma revenda Yamaha de Belo Horizonte. E são estas duas motocicletas que vão mudar a história do Paulo. E a história da Harley-Davidson no Brasil. Hoje, depois de 17 anos de operação, o Grupo Izzo já vendeu mais de 20 mil motos da marca. Vendeu só, não. Entregou, cuidou, acompanhou, manteve, reformou, adaptou e alterou. Porque quem tem uma Harley-Davidson não tem só uma motocicleta, tem uma relação única com a marca e seu legado. Quer personalizar e tornar a sua moto o mais singular possível. Quer viver uma vida no estilo da marca: com liberdade, com segurança, com alegria. Mas para chegar até aqui o mercado teve que amadurecer muito. No início, quando o Paulo andava em uma FLH 1977, ele conheceu sua outra paixão: Luciana. Não foram poucas as vezes em que os três, Paulo, Luciana e a FLH, estiveram juntos. Muitas vezes era necessário que a própria Luciana empurrasse a moto até ela pegar. Nesta época o mercado brasileiro de motos, inteiro, estava perto das 100.000 unidades. E o de motos de grandes cilindradas não passava de duas mil. Ao fazer uma visita ao Brasil, executivos da H-Dinternacional passam em frente à loja Izzo/Toyota e vêem a moto do Paulo exposta na vitrine. Eles param, entram na loja e dão início ao namoro que levaria à nomeação em 1993 do Grupo Izzo como o novo e exclusivo representante da marca, dos produtos e dos negócios da Harley-Davidson no Brasil. Era o início de uma longa estrada de sucesso e aventura. Em 1994 é inaugurada a primeira loja conceito da H-D em São Paulo, na prestigiada Avenida Europa. No mesmo ano, depois de participar de um encontro internacional do HOG, Harley Owners Group, Paulo e Luciana entendem qual o seu verdadeiro papel: criar e desenvolver o consumidor de motos de grande cilindradas através de viagens que se tornariam, em pouco tempo, uma das marcas registradas da comunidade de proprietários de motos H-D no Brasil. O primeiro evento reuniu 25 motos em uma viagem para a Aldeia da Serra. E ali, entre os clientes, estavam Paulo e Luciana. Desde então, o casal nunca mais deixou de acompanhar todas as viagens organizadas pelo Grupo Izzo. Em pouco tempo já estavam reunindo mais de 140 motos e proprietários em um Rally Nacional em Campos do Jordão e mais de 400 clientes em um evento internacional organizado por eles em Foz do Iguaçu, com presença de uruguaios, argentinos e até alemães. Mas nem tudo foi fácil na trajetória de negócios do grupo no Brasil. Diversas desvalorizações cambiais, alterações absurdas nos valores de impostos cobrados sobre as importações, falta de prioridade para o Brasil no planejamento global da marca, crises de crédito e variações brutais no cenário econômico foram algumas das dificuldades enfrentadas. Mas nada foi capaz de atrapalhar a paixão dos Izzo pela Harley-Davidson. E a dedicação constante em se criar a maior rede de concessionárias de motos de grande cilindrada do mercado nacional resultou na conquista da liderança, em 2008, do ranking de vendas de motos acima de 750cc, incluindo aí as H-D e as suas co-irmãs da marca Buell. Para chegar a esse ponto, Paulo já havia convencido em 1996 o CEO mundial, Sr. Richard Teerlink, a deixar de ver o Brasil como um problema e passar a vê-lo como uma solução e com grandes possibilidades de crescimento. Com argumentos sólidos e uma persistência inabalável, o Grupo Izzo alcançou uma das suas maiores vitórias ao trazer a aprovação da Harley-Davidson para que as motos fossem montadas em Manaus. É ainda hoje a única fábrica da marca fora de seu país natal. Um movimento ousado e que antecipava a importância que o país passaria a ter muito em breve no contexto da economia mundial. As primeiras motos produzidas no Brasil foram do modelo Fat Boy, em 1999. Aquela operação que havia começado tímida, com 500 motos vendidas em um ano, se tornava agora uma referência para outras operações da Harley espalhadas pelo planeta e, inclusive, para a própria matriz. Mais de 50 prêmios foram conquistados pelo Grupo Izzo em áreas como Maior Crescimento de Vendas, Eventos HOG, Pós-Venda, Motos-Policiais, Lojas Conceito e o inédito posicionamento de sucesso da linha Sportster para o público jovem, algo ambicionado pela matriz que não consegue rejuvenescer o perfil de seu público nos Estados Unidos. Por tudo isso, a operação brasileira passou a ocupar um lugar de prestígio junto a todos os executivos globais da companhia. Um prestígio que por diversas vezes foi documentado através de emails vindos do Presidente mundial, dos Líderes da região e de avaliações formais realizadas com metodologias coordenadas por terceiros, independentes e isentos, que a Harley-Davidson aplica em todos os países em que está presente. Todo esse sucesso ainda levaria o Grupo Izzo a se tornar um dos quatro maiores vendedores de motos da marca Buell do mundo. Após quase duas décadas de convivência e uma história pontilhada de tantos sucessos, a família Izzo e todos os demais brasileiros apaixonados pela marca esperavam que a Harley-Davidson Motor Company iniciasse em algum momento uma operação direta no Brasil. Para Paulo e Luciana, esse parecia o desenvolvimento natural para uma relação tão próxima e emocionalmente intensa. Depois que o mercado foi criado, milhares de motos foram vendidas, milhões de brasileiros impactados pelas estratégias locais da marca, depois de muito dinheiro investido, de quase vinte anos de trabalho árduo e de superação constante, o momento de discutir a transição da operação e a entrada direta da Harley-Davidson chegou. Em comum acordo, o grupo Izzo e a gestão global da marca iniciaram negociações para abreviar o contrato entre eles, que tem vencimento previsto para 2015. Não se podia imaginar outro caminho que não levasse em conta o sentido de comunidade construído nesses dezenove anos e os compromissos assumidos entre Harley-Davidson, grupo Izzo, fornecedores e parceiros locais e os muitos clientes apaixonados, que fizeram do Brasil o mercado de maior crescimento para a marca no mundo. As negociações, contudo, acabaram tomando um rumo que não se poderia prever. Enquanto se buscava uma solução que reconhecesse os acordos existentes e as contribuições de todos para o sucesso da marca no país, a gestão global da marca optou unilateralmente por uma ação judicial que funcionasse como um atalho para a rescisão do contrato. A Justiça, em sua manifestação mais recente, não deu apoio para o rompimento do contrato. Após conceder uma decisão liminar que antecipava a interrupção, a mesma instância judicial mudou seu entendimento, ao ter contato com informações mais precisas, e cassou a referida decisão. As responsabilidades do grupo Izzo pelo desenvolvimento da marca e o relacionamento com os mais de 20 mil proprietários de Harley-Davidson no Brasil continuam em vigor. Em nosso contato diário e pessoal com a comunidade de amantes de motos no Brasil, temos sofrido algumas frustrações nos últimos meses. O controle sobre o fornecimento de peças para os serviços de manutenção está fora do alcance do Grupo Izzo. Por compromisso com os consumidores, estabelecido em contrato, todas as peças que usamos são fornecidas exclusivamente pelo fabricante das motos. Nem sempre, porém, as peças têm estado disponíveis no momento ideal e desejado, causando um desconforto que não condiz com o tipo de relacionamento que sempre tivemos com nossos clientes. Uma falta de recursos que não combina com a grandeza desta marca. A história que contamos nesta carta é pública. Todas as informações constam dos autos do processo que está em andamento no Fórum Central Cível João Mendes Júnior, sob o número 583.00.2010.121472-2. Acesse <a href="http://www.tjsp.gov.br">http://www.tjsp.gov.br</a>. O Grupo Izzo sabe que os consumidores brasileiros amam a marca Harley-Davidson. Foi esse amor que impulsionou essa história lá atrás. E é esse amor que fez Paulo Izzo chegar até aqui. Junto com a antiga FLH, estão hoje em nossas lojas outras provas de nossa relação de paixão com a marca, como as antigas 1920, 1919, 1929, a Servcar, a Destroyer e a MT500 de guerra. Cada uma com a sua história. Histórias que continuam com o filho mais velho de Luciana e Paulo, que começou a andar de moto em uma réplica elétrica de Harley quando tinha apenas 10 meses de idade.E com a mesma paixão do pai.” <strong>GRUPO IZZO</stron
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