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Emplacamentos de motos recuam 4,5% no trimestre

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  • Publicado: 03/04/2020
  • Por: Willian Teixeira

O mercado de motocicletas não apresentou bom desempenho em emplacamentos no primeiro trimestre. Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 246.832 unidades no período, número 4,59% menor do que as 258.719 unidades emplacadas em 2019.

Toda a indústria automotiva teve queda nos resultados do primeiro trimestre. De janeiro a março deste ano foram emplacados 840.800 veículos contra 904.698 unidades em igual período de 2019, o que corresponde a uma queda de 7,06%.

Emplacamentos de motos caem no 1º trimestre. Concessionárias e fábricas estão fechadas por causa do coronavírus
Ducati São Paulo, concessionária inaugurada em fevereiro (Divulgação)

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O mês de março, marcado pela intensificação do isolamento social em virtude da pandemia do coronavírus, fechou com 75.356 motos emplacadas, uma queda de 10,10% em relação ao mesmo mês do ano passado, que registrou 83.825 unidades emplacadas. Já na comparação com fevereiro deste ano, que teve 79.791 emplacamentos, o recuo foi de 5,56%.

Na participação por marcas a Honda segue na liderança, com 194.271 unidades emplacadas no trimestre e 78,71% do mercado. Na sequência aparecem Yamaha, com 36.795 emplacamentos e 14,91% do mercado nacional e Haojue, com 2.805 emplacamentos e 1,14% do mercado. Juntas, outras marcas acumulam pouco mais de 12 mil emplacamentos emplacamentos e 5% do mercado.

Segundo o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, o mês de março foi impactado drasticamente em função da pandemia do Coronavírus. “Nosso setor está praticamente paralisado em função dos decretos de quarentena. Apenas algumas concessionárias estão com as oficinas abertas, para atender caminhões, ambulâncias e outros veículos essenciais para serviços de primeira necessidade, como os ligados à saúde e alimentação”, diz o executivo.

Serviços de delivery mantém demanda por motos em alta (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Para a entidade, o aumento dos serviços de delivery tem feito a demanda por motos aumentar, mas com as férias coletivas concedidas por montadoras, paralisação de concessionárias e redução da oferta de crédito, a recuperação do setor dependerá do retorno do país às atividades normais, após o controle da pandemia do coronavírus.

Assumpção Júnior destaca que ainda não é possível revisar as projeções para o ano de 2020 por causa da falta de previsibilidade de retorno do comércio e dos reais impactos ao final do período de quarentena. “Sabemos que a prioridade é a saúde da população, mas, a continuar como está, em um mês de estagnação, cerca de 20% dos empregos do setor podem ser comprometidos, pois os concessionários estão sem receita e têm despesas fixas. Por enquanto eles estão segurando a situação como podem, antecipando férias, utilizando banco de horas, mas chegará um momento em que isso não se sustentará”.

Emplacamentos de motos caem no 1º trimestre. Concessionárias e fábricas estão fechadas por causa do coronavírus
Concessionária da Kawasaki em Campo Grande (Divulgação)

O presidente da Fenabrave comenta que a entidade já disponibilizou um guia prático contra a disseminação do covid-19 para as concessionárias, e que elas já estão aptas para reabrirem de acordo com a deliberação de cada estado e município, seguindo as garantias de segurança sanitária e de saúde da OMS. “Serve para ajudar concessionárias a garantir a saúde de seus colaboradores e clientes, com orientações sobre a devida assepsia dos ambientes, equipamentos, peças, acessórios e veículos, até os cuidados no trato pessoal, oferecendo álcool em gel em todas as áreas de permanência dos clientes, distância mínima de 1,5m entre as pessoas, entre outros cuidados, preconizados pelo Ministério da Saúde e OMS”, diz Assumpção Júnior.

Segundo ele, entre os colaboradores das Redes, casos de grupos de risco, como pessoas com mais de 60 anos de idade ou com doenças pré-existentes, continuariam atuando, remotamente até que a pandemia estivesse totalmente controlada. “Não queremos colocar a vida de ninguém em risco, mas precisamos de uma certa previsibilidade sobre quando voltaremos a operar, assim como necessitamos de medidas que permitam, às empresas e pessoas, postergar despesas, às quais, não terão condições de pagar nesse momento”, finaliza.

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