<p><strong>Será que o Brasil estará sempre na contramão?</strong></p>
<p>Enquanto na Europa, especialmente na Itália, Espanha e França, os governos federais incentivam o uso da motocicleta para evitar o caos no trânsito, aqui ela é questionada e considerada um grande problema. Até que ponto isto é verdade? Na Europa, o sistema de tranporte coletivo é bem eficiente – em Madri, por exemplo, há estações de metrô por toda a cidade, e a cada dois ou três quarteirões. Mesmo assim, existe o incentivo para o uso das motos com a equivalência da habilitação B-A1, em todos os países acima citados. Ou seja, quem tem carteira de habilitação para automóveis pode conduzir uma motocicleta ou scooter de até 125 cm3. </p>
<p>No mês passado, fomos convidados pela Honda para assistir à abertura do Mundial de Motocross na Bulgária, mas, antes passamos por Roma. Lá, isso ficou muito claro, pois víamos um mar de scooters rodando por todos os lados. E mais, havia todos os tipos de usuários, homens e mulheres de várias idades e estilos. </p>
<p>No Brasil, já recomeçaram a "guerra" contra as motos na sociedade. Noticiaram o aumento no número de acidentes fatais, principalmente em São Paulo. Obviamente, conforme publicamos em editorial há um ano, quando proibiram a circulação de motos na pista expressa da Marginal Tietê, nos jogaram para junto dos ônibus e caminhões, justamente onde houve o maior aumento de mortes. Alta de 12%! Proibiram sem critério algum e não fizeram uma faixa exclusiva, durante a extensa reforma daquela via. Enfim, as pessoas que estão legislando, pelo jeito, não andam de moto e ainda devem ter preconceito com esse veículo. </p>
<p>Outra região onde há mais acidentes fatais é na periferia. E, é nas famosas "vilas", como dizem os "manos", que não há policiamento, e onde muitos andam sem capacetes e com motos sem placas ou condições de trafegar. Fazem parte da estatística, mas não são fiscalizados.</p>
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