<p><span style="line-height: 1.6em;">Eu comecei a me interessar por tudo que tivesse rodas e motores desde criança e praticamente aprendi a ler nas revistas especializadas da época. Aposto que a sua história é parecida com a minha. Veículos elétricos, naqueles últimos anos da década de 1980, eram coisa de ficção científica. O tempo foi passando, as tecnologias evoluindo, começou-se a falar muito em emissões de poluentes, preservação ambiental, fontes de energia renováveis… e sempre pensava como o mundo ficaria chato no dia em que não houvesse mais motos e carros com motores a combustão. Bem, na verdade ainda penso assim, mas depois do scooter BMW C Evolution e, agora, ao experimentar uma Harley-Davidson elétrica em avançadíssimo estágio de desenvolvimento começo, aos poucos, a ver que é possível sim encontrar em uma elétrica o que mais prezo em qualquer veículo: prazer ao pilotar.</span></p>
<p><span style="line-height: 1.6em;">É difícil de acreditar no que estou escrevendo aqui, não é? Eu entendo você, mas logo uma moto elétrica vai cruzar o seu caminho e você vai ver que eu não sou tão louco assim. Motos elétricas não são novidade, eu sei, inclusive até poucos anos atrás tínhamos modelos da Zero à venda no Brasil. Mas, acredite, a existência de uma Zero, uma Brammo ou um scooter elétrico chinês não se compara ao que representa gigantes como BMW e Harley-Davidson investirem nesse terreno. A brincadeira começou a ficar séria, muito séria.</span></p>
<p><span style="line-height: 1.6em;">Não se preocupe, esse dia fatídico em que não haverá mais motos a gasolina 0 km para comprar está longe, mas mais próximo do que se imaginava menos de uma década atrás. Sempre pensei que não estaria aqui para ver isso acontecer, mas hoje tenho certeza de que ainda vou ouvir meu neto, que deve nascer lá por 2040, me perguntando: “Vô Gabriel, como era pilotar aquelas velhas motos a gasolina?” Terei muitas histórias para contar.</span></p>