É importante lembrar da nossa responsabilidade no trânsito. Mas quando vamos discutir vias mais seguras para os motociclistas?<br style="font-weight: bold;" /><br />Entre os dias 18 e 25 de setembro, diversas entidades realizaram campanhas com o objetivo de conscientizar os cidadãos sobre a necessidade de respeitar as regras de trânsito. Foi a tão discutida "Semana Nacional do Trânsito". Ótimo, legal, importantíssimo lembrar motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres sobre sua responsabilidade. Pena que, mais uma vez, não vimos nem uma linha ou uma palavra sequer sobre algum plano para eliminar das vias estruturas que podem agravar severamente as consequências de um acidente envolvendo motocicletas. Na Europa, já existe uma jurisprudência que responsabiliza a administração pública ou as concessionárias quando, por exemplo, um guard-rail agrava as lesões de um motociclista que se acidentou. E aqui? Apesar de haver cada vez mais motocicletas nas ruas, as obras viárias continuam sendo pensadas exclusivamente para automóveis e seus derivados. São viadutos com muros de contenção baixos, faixas exclusivas delimitadas por tachões enormes, e assim vai. Há algum projeto de lei abordando o assunto? Alguém discutindo isso na televisão quando falam do número de acidentes envolvendo motociclistas e das sequelas desses acidentes? Não, mas já está na hora de começar. Bom, agora vamos falar um pouco de coisas boas.<br /><br />Nesta edição você encontra uma reportagem especial sobre a Triumph, que, como você já sabe, volta ao Brasil e quer fazer isso com o pé direito. Fui um dos integrantes do seletíssimo grupo de jornalistas que, a convite da marca, foram até a Inglaterra conhecer a fundo a cultura, a situação mercadológica e a estrutura da Triumph, a marca que mais cresce no segmento de média-alta cilindrada no mundo. Ela retorna ao Brasil com planos audaciosos, mas sem megalomania. A filial brasileira está ciente de que tem em mãos um produto espetacular e que o momento das motos dessa categoria é bom, mas que terá que reconquistar os brasileiros depois de uma história recente, no mínimo, atrapalhada enquanto a marca esteve representada pelo Grupo Izzo. Confira tudo no especial da página 48. Trazemos também, com exclusividade e pelo 4º ano consecutivo, um ranking com as melhores concessionárias do Brasil.<br /><br />Durante nossa pesquisa pudemos notar que ainda há muito a melhorar, mas, finalmente, parece que aos poucos as marcas vão entendendo que o pós-venda é tão importante quanto vender motocicletas. Bom para nós, consumidores. No mesmo dia em que esta revista chega às bancas, a equipe de MOTOCICLISMO embarca para a Alemanha. Vem aí a Intermot, o Salão de Colônia! Fique ligado, porque além de uma reportagem especial na próxima edição, faremos uma cobertura on-line no nosso site a partir do dia 2 de outubro! A promessa é de uma enxurrada de novidades, sendo que muitas delas devem chegar por aqui já no ano que vem. <br /><br />Para finalizar, também queria aproveitar este editorial para dar as boas-vindas ao Lucas Paschoalin que, depois de um período dedicando-se a projetos pessoais, volta a fazer parte da equipe de MOTOCICLISMO, o que muito nos orgulha. Piloto e instrutor de pilotagem, Lucas será o responsável pelos testes aqui na revista. Boa leitura e até o mês que vem! Abraço.
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