A redução do crédito para o financiamento de motocicletas interferiu diretamente no número de emplacamentos na primeira quinzena do mês de abril. Segundo dados da ABRACICLO, entidade que representa do setor, em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 27,4%. Em compensação, se analisarmos apenas o mercado Premium, e compararmos os números de março de 2012 com o mesmo período do ano passado, veremos um crescimento interessante desse nicho de motocicletas. Tendo como base a Honda CB 600F Hornet, em março de 2012 foram emplacadas 487 motos, contra 367 em 2011. Já no segmento Maxitrail, nesse mesmo mês em 2011, a BMW G 650 GS registrou 174 unidades emplacadas, enquanto neste ano, nessa mesma categoria, quem lidera o ranking é a Honda XL 700V Transalp, com 269 emplacamentos. Nessa classe, os modelos que seguem em 2º e 3º lugares também apresentam um número bem maior do que o atingido em 2011.<br /><br />Mas o que isso tudo significa? Apesar dos números menores no total de emplacamentos, essa queda está ligada ao gigantesco mercado das motos de baixa cilindrada, porém, para o mercado acima de 501cm³, os números são favoráveis e podemos esperar um crescimento ainda maior com a chegada de marcas como Triumph e Ducati. Sim, Ducati!<br />Fontes afirmam que, em parceria com a Dafra, a marca italiana, adquirida pela Audi, vem oficialmente para o nosso país, e, em breve, começa a nomear os revendedores. Atualmente, a “grife” é representada pelo Grupo Izzo, que detém também a austríaca KTM. Por sua vez, a Triumph já está por aqui, com um pequeno escritório, acertando todos os detalhes para a sua chegada oficial. Essas novidades no garantem um futuro agitado no segmento Premium. A BMW do Brasil pretende entrar para o G6 e a Harley-Davidson está ampliando consideravelmente sua rede de concessionários. Não podemos esquecer a MV Agusta, que tem a sólida Dafra por trás de suas operações e a Kawasaki, que sem grande alarde, se firma com boa estrutura visando não só o mercado de alta cilindrada como também as motos de luxo e baixa cilindrada – leia-se Ninja 250R.<br /><br />Entre as japonesas, a Honda mantém com folga o segmento de baixa cilindrada e, em relação ao mercado Premium, está adotando uma política agressiva de preços, atacando, principalmente a rival “verde” Kawasaki. Suzuki e Yamaha se mantêm no anonimato. A primeira não deixou clara nenhuma intenção de comercializar aqui as motos que já estão sendo vendidas na Europa há bastante tempo. Já a Yamaha, resolveu entrar em parceria com o organizador Carlinhos Romagnolli para promover a R1 GP 1000, uma categoria monomarca que utilizará a mítica superesportiva YZF-R1. Esperamos que a marca dos diapasões aumente significativamente o número de R1 importadas para colher os bons frutos que essa ação pode lhe render.<br /><br />Por tudo isso, podemos dizer, realmente, que temos um mercadão nas mãos!!
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