A Ducati mais uma vez honrou a tradição de ser a primeira marca a mostras suas novidades no EICMA, o famoso Salão de Milão, na Itália. Em evento realizado na noite do último domingo, a marca Italiana mostrou ao mundo renovações no line-up e três modelos totalmente novos: a Panigale V4 R, a Hypermotard 950 e a Diavel 1260.
Começando pela grande estrela da noite, a superesportiva Panigale V4 R. Mais do que uma nova versão da superbike revelada no ano passado, estamos falando de uma moto totalmente nova e que promete estreitar mais ainda a distância entre uma motocicleta de rua e um protótipo para as pistas dos campeonatos mundiais.
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No visual, a moto conserva as belas linhas da Panigale, mas com “asas” nas laterais, derivadas da MotoGP. Cortes na carenagem em formato de guelras também foram pensados em auxiliar não só a aerodinâmica, como a dissipação de calor. Por dentro, ela é ainda mais impressionante. Como se não bastassem os componentes mais leves, que lhe garantem uma redução de peso de 2 kg em relação à Panigale V4 S – a moto pesa apenas 193 kg em ordem de marcha – a nova obra-prima italiana vem o co motor Desmosedici Stradale R de 4 cilindros em V e 998 cm³.
Claramente pensado para as pistas do Mundial de Superbike, o novo propulsor menor do que os 1 103 cm³ do Stradade convencional gira bem mais alto, conseguindo entregar até 221 cv de potência a 15 250 rpm. E esse número ainda sobre para 234 cv com a adição do kit de performance da Akrapovic. Simplesmente a Ducati mais potente já construída para as ruas.
Na ciclística, todo o pacote refinado de suspensões ajustáveis öhlins e pinças de freio Brembo Stylema mordendo os dois discos dianteiros de 330 mm de diâmentro. Já o pacote eletrônico traz tudo que se espera: novo painel TFT de cinco polegadas, como o ABS de atuação em curvas e os controles de tração, de derrapagem, de largada e de freio-motor. Há também três modos de pilotagem e o câmbio assistido quicjshift para subir e descer marchas sem apertar a embreagem Tudo regido pela IMU (Unidade de Medição Inercial). Contador de voltas e interface para análise de dados com GPS completam o pacote da Panigale R, que deverá ser vendida por cerca de 40 mil euros (por volta de R$ 170 mil) na Europa.
Hypermotard volta às origens
Outra novidade apresentada ppela Ducati foi a supermoto Hypermotard 950, que – como já havíamos antecipado aqui na MOTOCICLISMO – recebeu novidades no visual, ficando bastante parecida com a geração anterior da moto. Principalmente pelos dois escapes posicionados na linha do assento, que valorizam a roda deixada à mostra. Na dianteira, apenas pequenas atualizações, conservando o visual que a consagrou.
O motor é uma versão retrabalhada do L2 Testastretta 11º de 937 cm³ de arrefecimento líquido, capaz de gerar até 114 cv de potência máxima a 9 000 rpm e 9,8 kgf.m de torque máximo nas 7 250 rpm, sendo que, de acordo com a Ducati, 80% da força já está disponível nos 3 000 giros. Já o peso em ordem de marcha é de 200 kg, quatro quilos a menos do que sua versão anterior.
A Ducati também quis fazer sua supermoto mais divertida e controlável em sua nova encarnação. O manete da embreagem agora tem assistência hidráulica, para reduzir do esforço do piloto e mais eletrônica, com a IMU monitorando os freios ABS de atuação em curvas, o controle de tração, o controle de wheeling e os três modos de pilotagem. Na versão SP, além da pintura tricolor exclusiva, rodas Marchesini, suspensões de curso mais longo e o câmbio quickshift para subir e descer marchas.
Novo fôlego para a Diavel
Para fechar os lançamentos da marca italiana na “anteprima” do maior salão de motos do mundo, a Diavel 1260 veio ao mundo para mostrar as novidades que herdou de sua irmã custom, a XDiavel. Então, temos melhorias no visual, como escape com ponteira dupla, mas comprimento reduzido para deixar a roda à mostra.
Outra herança foi o motor bicilíndrico em L Testastretta DVT, com 1262 cm³ e comando de válvulas variável. O mesmo que também move a nova Multistrada 1260. O propulsor é capaz de gerar até 159 cv a 9 500 rpm, com torque máximo de impressionantes 13, 1 kgf.m nos 7 500 giros.
O cardápio eletrônico inclui controles de tração, wheeling, largada e piloto automático. ABS de atuação em curvas orientado por IMU também fazem parte do pacote, que fica ainda mais completo na versão S, recebendo o câmbio quickshift para subir e descer marchas. A nova Diavel 1260 ainda se comunica com o Ducati Link App, que permite personalização dos equipamentos eletrônicos por meio do smartphone.