<p>Estamos em época de campeonato mundial de ludopédio e todos sabemos que, principalmente nas grandes capitais, eventos deste porte requerem operações especiais para o trânsito. É fato que no dia do embate de nossa seleção contra o México (17/06) foram registrados na cidade de São Paulo, pela CET, trezentos e dois quilômetros de congestionamento no meio da tarde, recorde para o horário e, se não fossem medidas de emergência, como rodízio estendido e interdição de vias, o provável ululante é que o trânsito complicaria mais ainda do que o “normal” diário durante os dias de jogos nos grandes centros urbanos.</p>
<p>E olha que este jogo nem foi em Sampa! Agradeço ao Ricardo Terek que enviou como sugestão este excelente assunto sobre o qual estou discorrendo.</p>
<p><img alt="" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/textomoto4_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Sabemos que nem são precisos eventos do porte da Copa do Mundo para observar as principais avenidas de uma grande cidade e ver infindáveis caixinhas metálicas enfileiradas. A questão é que as soluções paliativas dadas, penitenciam todos os dias um povo que leva por vezes quatro horas para chegar ao trabalho e mais umas quatro para voltar para casa.</p>
<p>Cheguei ao ponto: se ao menos fosse incentivado o uso de nossas queridas montarias de duas rodas como fator de melhoria… <span style="line-height: 1.6em;">Puxa, é tão evidente e tão negligenciado.</span></p>
<p>“Mobilidade urbana”, termo muito usado pelas autoridades, inclusive por engenheiros de trânsito, urbanistas, filósofos e afins. Todos consideram todas as formas mais diversas de transporte: ônibus, monotrilhos, balões, fluvial, transcendental, ovnis, mas não mencionam o mais óbvio e acessível: a motocicleta.</p>
<p>Parece até palavrão. <span style="line-height: 1.6em;">Para piorar, estão tirando as faixas exclusivas de motos da cidade de São Paulo alegando que aumentam o número de acidentes. Sinceramente, isso é decisão de quem nunca montou nem na garupa de uma motocicleta.</span></p>
<p>Além da possibilidade de incentivos fiscais, tal qual os carros elétricos têm, se houvesse uma campanha séria do Estado de conscientização e de uso seguro, seria um investimento baixo e efetivo. Hoje essa conscientização está na pauta de algumas montadoras, o que creio ser uma distorção de valores.</p>
<p>Não quero ser simplista nesta análise, só gostaria de ser razoável. Num tempo em que a palavra “sustentabilidade” está tão em moda, além da motocicleta ser econômica, com baixo ruído e não ocupar muito espaço, ainda tem baixa emissão de poluentes. Enquanto isso, ficam elucubrando se fazem rodízio com placas pares e ímpares ou pedágios urbanos. </p>
<p>Hoje, políticos estão engajados em redes sociais e possuem recursos tecnológicos para entender e concluir quais são as boas soluções. Logo, não os considero nem alienados, tampouco mentecaptos, então por que não incluir esta questão na agenda política? A melhoria está sob os narizes e sobre duas rodas.</p>
<p>Keep Riding!</p>