Crônica MOTOCICLISMO: Não podemos  fornecer o código
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Crônica MOTOCICLISMO: Não podemos fornecer o código

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  • Publicado: 27/02/2015
  • Por: jmesquita

<p>Alice, minha moto de estilo retrô, com pouco mais de quatrocentos quilômetros rodados, “atropelou” um paralelepípedo em uma das mal cuidadas ruas de São Paulo. Isso resultou em uma fratura no “osso” do freio traseiro, a quebra de um parafuso que prende o pedal do freio traseiro e a leve avaria na vareta. Muito bem, naturalmente, no dia seguinte, levei minha pequena notável a uma concessionária da marca. Diagnóstico feito, a pequena ficou “internada” para que pudessem verificar os procedimentos e as próteses necessárias. Dois dias depois recebo a ligação da mocinha da concessionária:</p>

<p>— Sr. Roberto, na verdade, não temos a peça a ser trocada.<br />
— Hum… Ok, quando terão? — perguntei<br />
— Não temos como saber — retrucou — Nunca tivemos esta peça e teremos que importar.<br />
— Certo… Quanto custa a peça?<br />
— Não temos como saber. Nunca tivemos esta peça e teremos que verificar. <br />
— Acho que entendo senhorita, mas, para autorizar a importação, preciso de algumas informações financeiras e temporais para ajudar a minha decisão, entende?<br />
— Pois é, o senhor pode nos ligar em dois dias (!) para que possamos obter as informações?<br />
— Sim, claro que posso (no sentido de “sou capaz de…”), mas vamos fazer assim: estarei nos Estados Unidos na próxima semana e posso trazer a peça em questão — Disse, otimista.<br />
— Entendo senhor, porém não podemos fornecer o código da peça.<br />
— Por quê?<br />
— Porque não…<br />
— Ah, tá! — Falei, sob controle — Mas você pode me dizer qual é a peça, certo? Afinal eu preciso saber o que vai ser trocado e o que eu supostamente tenho que pagar.<br />
— Sim, posso apontar a peça que quebrou, mas não poderei fornecer o código.<br />
— Esta segunda parte eu já entendi, passo na loja daqui a pouco e você me aponta com precisão o que quebrou, ok?!<br />
— Combinado, senhor. Inclusive fizemos um “paliativo” (nome bonito para gambiarra do bem), e o senhor pode rodar enquanto não tivermos a peça.<br />
— Perfeito, doçura, estou a caminho.</p>

<p><img alt="" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/textomoto_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>

<p>Chegando à concessionária, Alice já estava me esperando de guidões abertos na oficina. A moça que havia falado comigo chegou bem perto da vareta do freio traseiro e apontou: — Foi esta peça que desentortamos — Dessa vez, para minha felicidade, não incluiu o “mas não podemos fornecer o código”.<br />
Em casa, abri o catálogo importado do fabricante da moto e logo achei o kit em questão. Vou trazer (legalmente) por menos de duzentas “doletas”. Possivelmente sairia bem mais caro! Mas o maior custo para a marca foi o manejo no <br />
pós-venda, que não tem preço… E nem código!</p>

<p>Keep riding!</p>

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