Consórcio de motos supera R$ 14 bi no 1º semestre e segue em alta no Brasil

O consórcio de motos segue ganhando força no país, impulsionado pelo aumento do uso da moto tanto para lazer quanto para o trabalho. Segundo a Associação Brasileira de Administração de Consórcios (ABAC), as vendas de cotas no segmento cresceram 8,2% no primeiro semestre de 2025. As transações movimentaram R$ 14,36 bilhões em créditos, ou seja, alta de 15,9% em relação ao mesmo período de 2024.

O tíquete médio do consórcio de motos para junho também contribuiu para esse desempenho. O levantamento mostra que ele atingiu R$ 20.730, avanço de 7,5% sobre igual período de 2024. Segundo a ABAC, uma em cada três motocicletas novas vendidas no Brasil no primeiro trimestre de 2025 foi adquirida por meio de consórcio.

A entidade destaca a força da modalidade de crédito como ferramenta estratégica para compra planejada. Atualmente, o setor de duas rodas ocupa o segundo lugar no Sistema de Consórcios, com 3,11 milhões de participantes ativos, representando 26,2% do total, segundo a associação.

Para Fernando Lamounier, educador financeiro e sócio-diretor da Multimarcas Consórcios, o crescimento do consórcio de motos reflete a busca por alternativas mais vantajosas do que o financiamento tradicional. “O consórcio, por não ter juros e sim taxa de administração, se torna cada vez mais atrativo para quem coloca o custo na ponta do lápis”, afirma. A empresa registrou alta de 10,13% nas vendas de cotas de motos no primeiro semestre deste ano.

A expansão também movimenta a indústria. Segundo a Abraciclo, entre janeiro e julho de 2025 foram fabricadas 1.141.011 motocicletas no país, crescimento de 12,4% frente ao mesmo período de 2024, o terceiro maior volume da história. Com cerca de 2,2 milhões de brasileiros atuando como motociclistas ou entregadores, a moto se consolida como um bem de alto valor econômico e social, conectando trabalhadores, clientes e cidades.