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Honda amplia uso de materiais renováveis e reciclados em suas motos

  • Publicado: 01/12/2025
  • 3 Minutos de leitura

A Honda está ampliando de forma consistente o uso de materiais alternativos em suas motos, com destaque para o Durabio, um plástico de engenharia de base biológica derivado de milho não comestível.

O material, já usado inicialmente na Africa Twin, agora equipa seis modelos da linha 2026 e reflete o avanço da marca em soluções sustentáveis, combinando desempenho, design e menor impacto ambiental.

A iniciativa integra a estratégia global de emissões zero da Honda, que envolve neutralidade carbônica, energia limpa e circulação de recursos até 2050.

Durabio: o plástico vegetal que substitui materiais à base de petróleo

Desenvolvido pela Mitsubishi Chemical Group, o Durabio nasce de um processo que transforma amidos de milho e trigo não comestíveis em isosorbide, um composto de alto desempenho capaz de substituir plásticos petroquímicos.

Sua combinação de transparência, expressão de cores vívidas e alta resistência a riscos e impactos permite à Honda criar peças esteticamente sofisticadas sem pintura, economizando energia e reduzindo emissões no processo produtivo. A estabilidade UV também garante durabilidade mesmo em uso intenso, tornando-o ideal para aplicações externas em motocicletas.

imagem novo honda x-adv 2026 branco e azul

Expansão do uso nas motos Honda

O Durabio estreou no para-brisas da CRF1100L Africa Twin em 2024, tornando-se o primeiro componente de moto no mundo feito com plástico de engenharia vegetal. Rapidamente, o material passou a equipar outras motos:

  • O scooter aventureiro X-ADV adotou o material no para-brisas e na cobertura inferior;
  • O maxiscooter Forza 750 incorporou carenagens frontais e peças do guidão;
  • A crossover NT1100 ganhou carenagem frontal em Durabio na atualização de 2025;
  • A crossover NC750X passou a utilizá-lo em carenagens centrais, laterais e traseiras, além do para-brisas, tornando-se a primeira moto a empregar Durabio colorido na própria estrutura.

Já a recém-apresentada CB1000GT 2026, revelada na EICMA, adicionou o material ao seu novo para-brisas.

Além do Durabio: peças feitas de plásticos reciclados

A engenharia sustentável da Honda vai além dos materiais de origem vegetal. A marca também expandiu o uso de plásticos reciclados, incluindo para-choques de automóveis reaproveitados e polipropileno (PP) reciclado de pré-consumo. Esse material, recuperado de resíduos gerados por processos industriais, é triturado, transformado em pellets e moldado novamente, mantendo propriedades equivalentes às do plástico virgem e reduzindo a dependência de matérias-primas finitas.

Graças a essas melhorias, peças feitas de automóveis reciclados agora equipam modelos como NC750X e X-ADV, que utilizam o material no compartimento de armazenamento, enquanto o scooter Forza 750 o emprega na base do assento.

Já o PP reciclado está presente em mais de 15 componentes da X-ADV e da Forza 750, chegando também à nova CB1000F 2026, que usa o material no guarda-lamas traseiro e no painel inferior do assento.

Mobilidade mais limpa e circular

Essas iniciativas se conectam aos cinco pilares da estratégia de circulação de recursos da Honda: inovação empresarial, reciclagem avançada, rastreabilidade de dados, design circular e uma cadeia de valor colaborativa. A marca busca romper o tradicional ciclo linear “extrair–produzir–descartar” e criar sistemas de mobilidade que dão novo destino aos materiais, prolongam a vida útil dos componentes e reduzem a emissão de CO₂. Considerando que cerca de 90% das matérias-primas usadas em veículos ainda vêm de fontes virgens, a adoção de materiais como o Durabio representa um avanço significativo rumo a um futuro mais sustentável.

Com isso, a Honda reforça seu compromisso com a “alegria e liberdade da mobilidade” ao mesmo tempo em que reduz sua pegada ambiental, mostrando que inovação, performance e responsabilidade podem – e devem – andar juntas no mundo das duas rodas.

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