A coluna Visão da Indústria deste mês está no ar! De fato, aos poucos as motos elétricas foram chegando e se tornando cada vez mais frequentes nas ruas das grandes cidades. Por enquanto a moto elétrica ainda é mais cara do que a motocicleta a combustão, contudo o que percebo é que o consumidor está de olho em uma economia futura, pois a troca de peças é menor, o desgaste também e ainda não há cobrança de IPVA para esse tipo de veículo em alguns estados.
Realmente vantagens não faltam, pois as elétricas beneficiam o meio ambiente, são práticas na hora de recarregar, não são barulhentas, geralmente são mais fáceis de pilotar e a manutenção é menor. Até alguns entregadores estão apostando nas elétricas.
Eletrificação no Visão da Indústria
Quem pensava que as elétricas são uma realidade distante, deve começar a repensar. O mercado está voltando cada vez mais os olhos para essa categoria. Embora ainda não tenham um grande volume de vendas, nem sejam tão populares, tenho observado gradativamente o aumento de unidades pelas ruas. Parece um caminho sem volta, inclusive pela questão das exigências ambientais. Já vemos um grande avanço no mercado de quatro rodas, e aparentemente o de duas rodas seguirá o mesmo caminho.
Mas não dá para achar que tudo é fácil com as elétricas, pois a bateria de lítio tem vida útil de aproximadamente 120 mil quilômetros e seu descarte exige uma série de cuidados, além do alto custo de troca. Mesmo com tantas vantagens, o preço e as condições para pagamento ainda são um impeditivo para a maioria dos consumidores brasileiros apaixonados por duas rodas.
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Também não há muitas opções, como já vemos nos Estados Unidos, Europa e Japão. Para conduzir as elétricas, a legislação deve ser respeitada, deve-se fazer registro e licenciamento junto ao Detran e a habilitação também é necessária.
Estamos acompanhando o desenvolvimento desse mercado e a evolução natural da tecnologia e de novas matrizes limpas, mas ainda temos um longo caminho, principalmente de quebra de paradigmas, da implantação de infraestrutura para recarga e da melhora significativa na legislação e no incentivo à produção do veículo e peças. Há ainda o desafio de popularizar o uso. Já estamos preparados para isso?
*Orlando Cesar Leone é Presidente da ANFAMOTO – Associação Nacional dos Fabricantes e Atacadistas de Motopeças
**A opinião dos colunistas não reflete necessariamente a opinião da revista