Nesta saga, desbravamos a floresta amazônica a bordo de uma Harley-Davidson de Luxe. Experiências inesquecíveis, tais como uma visita às aldeias indígenas, um mergulho com o boto cor de rosa, comidas típicas, fauna e flora e os encantos da maior floresta tropical do mundo estão na pauta. Acompanhe!
Texto e fotos por Oswaldo Fernandes Jr – Ozzy
Em pouco mais de 20 anos dedicados ao mototurismo, pude viver experiências fantásticas de viajar pelo Brasil e por mais de 20 países pilotando uma motocicleta. Atravessei a cordilheira dos Andes por vários passos, estive em desertos de sal, no Saara e no Mojave, em Machu Picchu, na Rota 66, nas geleiras da Islândia, em picos da Europa, vulcões do Havaí e tantos maravilhosos outros lugares pelos 5 continentes. Nesta aventura pela floresta Amazônica, os sentimentos e instintos foram diferentes: aguçaram a importância de um bioma único, rico e fragilizado pela raça humana.
A Floresta Amazônica tem enorme importância para a sobrevivência da humanidade. Com quase 7 milhões de quilômetros quadrados, o local auxilia na estabilidade do clima da terra, contendo um quinto da água doce do mundo, sendo lar de 180 etnias de povos indígenas, 3 mil espécies de peixes, 400 espécies de mamíferos, 1.300 espécies de pássaros, 60% de tudo isso presente em território brasileiro, o que destaca nosso país pelas questões de riqueza ambiental, cultural e econômica.
Com apoio da concessionária Harley-Davidson Amazonas, em Manaus, que gentilmente cedeu a motocicleta modelo Fat Boy para a nossa aventura, pude percorrer pouco mais de 1.000 quilômetros, estradas pavimentadas, outras nem tanto, e umas sem pavimento algum, onde seguramente agregaram emoção e prazer na realização desta viagem.
Manaus, os encantos de uma região de natureza ímpar
A cidade de Manaus está localizada ao nordeste do estado do Amazonas, nas margens do rio Negro, praticamente no meio da floresta. A concessionária H-D Amazonas possui toda excelência e infraestrutura de vendas e serviços para atender clientes da marca, estabelecendo atividades, passeios e experiências regionais. Na loja, Renata e André proporcionaram toda atenção para que esta saga fosse possível. Disponibilizaram a motocicleta, deram dicas, ressaltaram cuidados e disseminaram votos de boa viagem.
Parti de Manaus, era mês de janeiro, hora estava muito calor ou estava chovendo e com a temperatura nas alturas, portanto, sempre molhado, assim segui rumo a cidade de Boa Vista, estado de Roraima, pela rodovia BR-174. O congestionamento na periferia de Manaus é tumultuado, vias esburacadas, falta de sinalização viária, usuários que não dão atenção a regulamentação de trânsito e por vezes proporcionam risco e demandam maior atenção.
Seguindo pela BR-174 tudo muda, paisagens maravilhosas, estrada boa, aromas encantadores e a primeira parada foi na cidade de Presidente Figueiredo, local encantador e recheado de possibilidades. Muitas cachoeiras (Mutum, Urubui, Asframa, Iracema, pedra furada são as principais), cavernas, lagoa Azul, comidas típicas, pessoas receptivas e com muitos hotéis e pousadas.
Fui rumo ao norte e por lá, a estrada piora consideravelmente, poucos postos de abastecimento, estradas esburacadas e por vezes trechos de terra, e com as chuvas constantes, o que tornou a aventura ainda mais emocionante. Próximo a cidade de Bela Vista e da reserva florestal e indígena de Anauá, resolvi voltar pelas condições da rodovia piorarem muito.
Tribos e mais tribos
Ao retornar rumo à cidade de Manaus foi possível conhecer a tribo indígena Tuyuka, que se auto denominam filhos da cobra de pedra e de etnias dos povos indígenas Tukano. Os Tuyuka são gente da transformação, pois se originam da Cobra da Transformação. Única no início da viagem ancestral, a cobra, depois de alcançar o alto curso do rio de Leite (o Negro), se reproduz em várias outras, que tomam rumos distintos, seguindo pelos afluentes dos rios Negro e Uaupés.
Tudo místico, de muita aprendizagem, bom relacionamento e grande receptividade pelos índios e pelo cacique Bayaroá, ao que foi me concebido uma tatuagem pintada com traços figurativos de homem jiboia. Um dia emocionante e inesquecível de viver e conviver com a cultura, comida, dança e valores presentes da tribo Tuyuka.
E não parou por aí não, foi possível vislumbrar o encontro dos Rios Negro e Solimões onde as águas não se misturam, a pesca esportiva do peixe Tucunaré, um mergulho com o boto cor de rosa, saborear vários tipos de peixes e pratos típicos da região amazônica, conhecer o teatro Amazonas, visitar o mercado regional e seus inúmeros produtos regionais para venda, as agitações e baladas de Ponta Negra, curtir o Old 88 Bar Garage, e junto com a concessionária H-D Amazonas, participar de um moto passeio bate e volta, onde a alegria e convivência em grupo foi de grande emoção.
A floresta Amazônica em todo seu ecossistema proporcionou muito conhecimento, entendimento, novos valores, revalidação deste bioma e de sua urgente necessidade de preservação. Viva a Amazônia, viva!
É isso aí, viva a vida propondo muito mais sentido, em grandes aventuras e com muitas emoções. Nos vemos pelas estradas, sempre!
Informações:
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