Uma dúvida recorrente quando o assunto são motos e carros é sobre a durabilidade do óleo. Por que as motocicletas acabam realizando trocas de óleo em quilometragens bem menores do que nos automóveis?
“Os lubrificantes para carros e motos desempenham funções vitais, desde a redução de atrito até a vedação de espaços críticos. Por isso, no momento da troca do óleo, os motoristas devem prestar atenção aos padrões de qualidade do produto”, afirma Rafael Recio, gerente de Produtos da Motul. “Para atender a essas demandas, os óleos precisam ser formulados de acordo com as especificações da montadora, como tecnologia do óleo básico, grau de viscosidade, nível API e norma JASO.”
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Nesse sentido, a multinacional francesa Motul, especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, explica três motivos pelos quais os óleos utilizados em motocicletas tendem a ter uma vida útil mais curta em comparação aos óleos de carros. Confira a seguir:
- Sistemas compartilhados: o mesmo lubrificante colocado no motor também atua no câmbio e na embreagem, o que acaba acelerando a sua degradação, seja por cisalhamento, desgaste dos discos ou pelo consumo dos pacotes de aditivo.
- Desafios térmicos: ao contrário dos carros, muitas motos ainda utilizam sistema de refrigeração por ar forçado sem radiador. Por causa disso, as altas temperaturas podem alterar a viscosidade do lubrificante e, consequentemente, reduzir a sua vida útil.
- Altas rotações e menor volume: motocicletas apresentam motores menores e mais leves, permitindo maiores rotações. No entanto, essa característica aumenta a tensão nos componentes do motor e submete o lubrificante a cargas de cisalhamento mais altas. Além disso, o volume de óleo nas motos é inferior, o que contribui para maior exigência e desgaste.
Para prevenir complicações decorrentes da negligência na troca de óleo, é preciso seguir o intervalo recomendado no manual da motocicleta. O óleo inativo no motor gradualmente perde suas propriedades ao longo do tempo, especialmente em situações adversas, como altas temperaturas e rotações elevadas, tornando essencial a observação de intervalos de substituição mais frequentes.
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