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Sim à Motocicleta: a motocicleta e o meio ambiente

  • Publicado: 22/09/2025
  • 7 Minutos de leitura

A preocupação com o meio ambiente impõe aos veículos automotores regras rígidas contra a poluição, que nas motos são regidas pelo programa Promot

A indústria da motocicleta contribui muito mais do que você pode imaginar com o meio ambiente. As grandes capitais sofrem com a poluição que vem de todos os lados, e os veículos em geral colaboram bastante para isso – pois bem, nossa querida motocicleta é um desses veículos.

Com base nos registros do Renavam, em 2024 eram 34,2 milhões de motocicletas e 124 milhões de automóveis, ou seja, se não forem impostas algumas regras, o prejuízo será grande.

Devido a isso, há programas de controle da poluição do ar, que impõem regras para que os motores de todos os veículos poluam o mínimo possível para manter e ajudar a melhorar a qualidade do ar que respiramos. No caso das motocicletas, é o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot).

Sim à Motocicleta – Entenda o Promot

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é quem regulamenta os níveis de emissões de gases do efeito estufa para veículos automotores, seguindo padrões mundialmente utilizados no quesito dos níveis de emissões permitidos.

A legislação que fundamenta o Promot foi baseada nas legislações vigentes na Europa, principalmente na Diretiva das Comunidades Europeias. Essa legislação foi aplicada em fases para dar tempo à indústria de desenvolver as tecnologias necessárias para o atendimento das exigências das normas.

Daí surgem as siglas ECU, OBD, IE, e nomes como cânister e catalizador, pois são através deles também que a “mágica” dos motores poluírem menos acontece. A cada fase de implantação do Promot, as exigências foram aumentando em prol do meio ambiente. 

O programa surgiu em 2003 com o Promot M1, depois vieram em 2006 o M2, em 2009 o M3, em 2014 o M4 e em 2023 o atual, M5.

Só para você ter ideia, no ano 2000 uma motocicleta emitia 240 quilos de CO2 rodando 20 mil quilômetros, hoje são liberados “apenas” 20 quilos. Assim, em 2000 se precisava de 11 novas árvores para neutralizar essas emissões. Com o Promot M5, uma moto emite 20 quilos de CO2 e precisa de apenas uma árvore para neutralizar sua emissão de CO2.

Sustentabilidade

As inovações não param, e os investimentos em tecnologia garantiram ao Brasil o posto de primeiro país do mundo a fabricar motos flex fluel em grande escala, a motocicleta bicombustível.

Lançadas em 2009, em 2011 já representavam 45% das vendas. Atualmente, representam 65% dos modelos vendidos no país, com a tecnologia estando em fase de desenvolvimento e implantação em países como a Índia.

O mesmo caminho seguem os scooter e bikes elétricas. Em prol da redução de carbono, as associadas da Abraciclo entendem que quanto mais alternativ1as no mercado, maior o benefício para o consumidor, pois assim ele pode escolher o modelo que melhor lhe atende. 

Um bom exemplo da importância dada ao tema pelo público, são as bikes elétricas. Só no primeiro semestre de 2025 foram produzidas mais de 18 mil unidades no Polo Industrial de Manaus, um aumento de 122% em relação ao mesmo período de 2024. As ruas do país inteiro mostram o aumento dessas bikes circulando.

Algumas motocicletas e scooter elétricos também já estão disponíveis no nosso mercado há algum tempo, contudo, a produção de scooter elétricos está programada para iniciar ainda este ano em Manaus.

Os fabricantes por trás dessas mudanças em prol de um mundo melhor também seguem normas bastante rígidas. O ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança), resumidamente é o quanto um negócio busca maneiras de minimizar impactos ao meio ambiente, para contribuir na construção de um mundo mais justo e responsável e manter os melhores processos de administração.

As fábricas da Amazônia praticam cada vez mais o uso consciente dos recursos naturais, com diferentes frentes: economia circular (modelo de produção e consumo de recursos que envolve compartilhamento, empréstimos, reutilização, reparo, reforma e reciclagem de materiais e produtos existentes, pelo maior tempo possível), ações de reciclagem e redução no consumo de água, energia e matéria-prima.

Sim à Motocicleta – E como começou tudo isso?

Entre o final do século XIX e o início do século XX, devido ao ciclo da borracha (1880–1910), a cidade de Manaus e Belém prosperaram, mas, com a chegada da borracha asiática, a região entrou em decadência. Houve um segundo momento durante a Segunda Guerra Mundial (1941–1945) e por aí parou.

Em 1940, se discutia no país o desenvolvimento regional e, seis anos mais tarde, se consolidava o Plano de Valorização Econômica da Amazônia. Após 11 anos, em 1957, o governo brasileiro cria a Zona Franca na cidade de Manaus com a seguinte definição inicial: “Uma zona franca para armazenamento ou depósito, guarda, conservação, beneficiamento e retirada de mercadorias, artigos e produtos de qualquer natureza, provenientes do estrangeiro e destinados ao consumo interno da Amazônia, como dos países interessados, limítrofes do Brasil ou que sejam banhados por águas tributárias do Rio Amazonas.”

No período entre 1964 e 1966, 72% dos investimentos incentivados eram feitos no Pará e apenas 4,6% para o Amazonas, mas, em 1967, cria-se a Zona Franca de Manaus como área de livre comércio, beneficiária de incentivos fiscais para ocupação territorial.

Após a implantação, o crescimento e a evolução da população de Manaus foi a maior entre os estados nos 40 anos seguintes, crescendo mais de cinco vezes. Saiu de 200 mil em 1970 para 1 milhão de habitantes em 2010.

Estudo da Fundação Getulio Vargas

Os incentivos à Zona Franca de Manaus foram prorrogados até 2073, pois o Polo Industrial de Manaus (PIM) está cumprindo seu papel em  desenvolver a região, mas precisa de mais esforços!

A renda per capita está mais equilibrada, as condições de moradia foram afetadas positivamente em relação ao acesso a água, a classe trabalhadora alfabetizada também cresceu e o povoamento da região aumenta a integridade do território em termos de segurança com as fronteiras.

Polo de duas rodas em Manaus

Para se ter uma ideia do que representa tudo isso hoje, o faturamento entre janeiro e junho deste ano aumentou 30,3% em relação ao ano anterior. Com capacidade produtiva de 1,8 milhão de motos ao ano e 500 mil bicicletas, é o maior polo de produção de duas rodas fora do eixo asiático.

A alta capacidade produtiva, o ciclo tecnológico alinhado aos principais mercados do mundo e os 65% da produção nacional de motocicletas com tecnologia bicombustível são apenas alguns dos pontos positivos.

A produção de motos em Manaus segue com projeção de alta para 2025 pois, além de atender o mercado nacional, exportamos para mais de 50 países nos últimos dez anos, e ainda espera-se um aumento de 12,9% em relação à produção de 2024.

A produção de Manaus está alinhada tecnologicamente aos maiores mercados mundiais, oferece qualidade e confiabilidade com garantia média oferecida nas motos entre dois e quatro anos. As marcas ainda contam com ampla estrutura de peças de reposição e agilidade no atendimento.

Sim à Motocicleta

Traçando um paralelo entre Manaus e a campanha do Sim à Motocicleta, temos que seguir todos com as melhores práticas possíveis para que, não só o meio ambiente, mas todos os envolvidos no trânsito possam viver o benefício da diminuição da poluição, com motos cada vez mais seguras e ecologicamente amigáveis. Mas, como ninguém faz nada sozinho, precisamos nos ajudar mutuamente para contribuir também com um trânsito mais seguro.

É aí que entram as ações realizadas pela Abraciclo como o Pit Stop Educativo para motociclistas e ciclistas, as quais, através de palestras e demonstrações, tentam conscientizar todos os motociclistas da importância de uma pilotagem segura, do respeito às leis do trânsito e a empatia no dia a dia do tráfego, seja lá onde for.

Até agosto o Pit Stop Educativo da Abraciclo atendeu mais de 10.500 motociclistas que assistiram a palestras e receberam alguns exemplos de atitudes para um convívio mais harmônioso no trânsito.

Se o meio ambiente pode receber os benefícios da industria da motocicleta com alta tecnologia desenvolvida no país, nada mais justo que o convivio no trânsito também seja mais pacífico e amigável. 

Se cada um de nós fizer bem a sua parte, a convivência e o meio ambiente serão agraciados. Colabore! 

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