A imensa Serra da Canastra! Esse lugar é sinônimo de aventura e beleza! Se você gosta de belas paisagens, natureza, cachoeiras e sossego, tem que conhecer ou voltar para o Parque Nacional da Serra da Canastra! Nem venha com o papo que “já fui na Canastra”, ela é imensa e tem muita coisa para ver!
Texto e fotos: Trinity Ronzella
O Parque Nacional da Serra da Canastra
Criado em 1972 com o intuito de preservar a nascente do Rio São Francisco, tem 200 mil hectares e abrange 6 municípios: São Roque de Minas, Vargem Bonita, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio.
O acesso a região sempre foi muito precário mas, apesar de ainda ser todo feito por estradas de terra, carros comuns conseguem chegar em determinados atrativos, como o cartão postal do parque, a cachoeira Casca D’Anta e seus quase 200mts de queda. Para os mais aventureiros ainda existem “estradas” mais desafiadoras que levam a mais lugares incríveis.
Nosso rolê
Aproveitamos o feriado para marcar o 2º Rolê da Canastra do Crubinho. Dessas vez usamos como base a cidade de Delfinópolis. Alugamos uma casa para a maioria e alguns casais preferiram um hotel, montamos um roteiro e pronto! Estava garantido um final de semana com muita diversão, poeira e água entre amigos! Merece destaque o trabalho fundamental do Tales e família para nos acolher, foram incríveis! Obrigado!
Éramos 15 pessoas e tínhamos pouco tempo para toda a Canastra, mas, os dias “úteis” eram sexta a tarde, sábado o dia todo e domingo até o almoço, que aproveitaríamos ao máximo! As motos estavam bem diversificadas, a maioria eram Big trails mas, tínhamos moto de trilha e o incrível scooter X-ADV 750 da Honda infiltrado, que deu show e acompanhou as Bigs tranquilamente.
Programação
Alguns “desocupados” chegaram já na quinta feira a tarde para relaxar, outros na sexta até o meio dia e um apenas, no final do dia da sexta.
Já na sexta feira após um “almolanche” na cidade, seguimos para uma cachoeira que não faz parte do roteiro turístico. É uma propriedade particular que não explora o turismo mas, graças ao Talles, foi permitida nossa entrada com uma condição: não divulgar a localização para manter a tranquilidade da família. Feito! Um lugar ímpar, sem estrutura turística e com várias opções para um mergulho, incrível!
Não tivemos todo tempo do mundo pois o acesso tem algumas travessias de água que além de tomarem mais tempo, fizeram o rolê ficar mais incrível ainda! Obviamente aproveitamos ao máximo e voltamos para cidade a noite. Foi o tempo de ajeitar as tralhas e aguardar um jantar incrível na própria casa, preparado pela Su, com o maior carinho e estava sensacional!
Sabadão na Serra da Canastra começou com café da manhã na padoca e já pegamos estrada com destino a cachoeira do Zé Carlinhos mas, no caminho, alguém não esperou na bifurcação…
Dica: Quando existe uma bifurcação no caminho, certifique-se que, que vem atrás viu a entrada, simples assim.
Resultado: Parte do grupo que não entrou na bifurcação para o lado certo, fez um enorme rolê com belas paisagens (errar na Canastra pode ser um acerto) que valeu, sempre é divertido quando o grupo está no mesmo astral.
Depois de descobrirmos o caminho certo, almoçarmos e passarmos por dois rios para chegarmos a cachoeira e, aí sim, aproveitar. Mais uma vez voltamos a noite porque, na passagem da água, uma das motos tombou (na ida e na volta) e deu um pouco de trabalho para pegar, mas até isso foi divertido. Esses acontecimentos atrasaram o cronograma e voltamos a noite, que nos deu outro visual da região, que valeram a parada para foto.
A noite fomos jantar em uma pizzaria e aproveitamos para comemorar, no modo surpresa, o aniversário de um dos participantes, com direito a bolo e parabéns! Dia incrível!
Mais um dia de rolê na Serra da Canastra
O domingo era o ultimo dia, alguns já iriam começar a voltar pela manhã mas, uma boa parte iria fazer um roteiro passando por mais lugares incríveis. Saímos já com as motos carregadas para voltar pra casa.
Mais um café na padoca (Panificadora Lima, simples e ótimo atendimento) delicioso e muito bem atendidos antes de seguirmos para Nascente do Claro, Condomínio de Pedras, Queijaria do Gavião, Batéia, Caminho do Céu e parar para almoçar na Vanda, lugar super tradicional na Canastra e com boa comida!
Tivemos uma travessia pequena de água, mais paisagens e as estradinhas valeram tudo! A riqueza dos detalhes do Condomínio de Pedra, sentir a emoção do Caminho do Céu, pegar o desvio de rota para queijaria e experimentar a qualidade do queijo, chegar na Vanda cheia de motos, jeeps, bikes e pessoas batendo papo e, obviamente a ótima comida, nos faz pensar da imensidão desse mundo e suas belezas, uma lavagem completa na alma, porque o corpo é puro pó!
Na queijaria rolou até aluguel de espaço na bagagem para levar queijo. Difícil resistir a não levar alguns queijos para casa!
Detalhe: Nos caminhos existem mata-burros, por isso, vá devagar e fique esperto pois passamos por um deles que estava em situação criminosa. Tanto para carro como para motos. Inacreditável deixarem chegar a essas condições. Por sorte ninguém se machucou, mas fica a dica!
Encontrei um velho amigo na Vanda, o Amarildo Nikimba. Ele domina a Canastra conduzindo pessoas pelas trilhas e atrativos da região, faziam pelo menos uns 12 anos que não nos encontrávamos!
Depois de um belo almoço e já saindo, a surpresa: Um dos integrantes deu falta do celular…
Pronto! Caos instalado e todos que ainda estavam na Vanda ajudando a procurar o celular do “fulano de tal” – por motivos de segurança vou manter o cara anônimo. Faz o caminho que ele fez la dentro, refaz, inventa outro, pensa em furto, avisa o restaurante, olha em cima da árvore, enfim, reviramos tudo e nada do maledeto do celular!
Inconformados com um possível furto naquele lugar especial, o “homi lá de cima” depois de escutar tanta bobagem manda o recado….quando o abestado sentou na moto, debruçou no painel quase chorando, viu, no meio da carenagem da moto, o celular enroscado. Virou piada né? E o pessoal falava antes: procurou na roupa? procurou na moto?….
Outro foi sair fazendo graça e puft, tombou a moto! Por sorte nada aconteceu, “só” a ponta do cambio dele quebrou, onde encaixamos o pé para subir a marcha. Com os mestres das gambiarras (entenda trilheiros) ainda por ali, se mostraram super solícitos e resolveram o problema.
Tudo pronto, todos com receio e cuidado para não acontecer mais nada, seguimos viagem pois ainda tinha muita poeira pela frente até São João Batista do Glória, onde estaríamos no asfalto e com a proa voltada para casa, direto!
No “Glória”, como é chamado na região, paramos, abastecemos e, quem seguiria no “modo express” deu um tchau e, os que iriam no modo “slowmotion” seguiram juntos, curtindo um entardecer lindo como despedida! Todos chegaram são e salvos em suas casas, satisfeitos com o feriadão!
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