A concentração de fábricas de motocicletas em Manaus ajuda a preservar a floresta, além de gerar empregos e riqueza, o que por sua vez ajuda no desenvolvimento socioeconômico da região. Assim o consumidor ganha com produtos nacionais altamente tecnológicos
Muitos desconhecem, outros acham estranho, por isso vem a pergunta: por que as fabricantes de motocicletas estão concentradas em Manaus, no meio da floresta amazônica? A resposta pode parecer complexa, mas vamos explicar de forma bem objetiva o porquê de 95% das motocicletas nacionais serem produzidas lá, assim como as razões que levaram as principais fabricantes mundiais a transformar o Polo Industrial de Manaus (PIM) no maior produtor mundial fora do eixo asiático.

Antes, um pouco de história: a Zona Franca de Manaus (ZFM) foi criada em 1967, como área de livre comércio, beneficiária de incentivos fiscais e com a missão de promover a ocupação e o desenvolvimento socioeconômico da região, assegurando a defesa das fronteiras nacionais, o desenvolvimento sustentável e a manutenção da floresta de pé.
Para atrair as empresas para aquela área, o governo federal concedeu alguns incentivos, porém as fabricantes precisam atender algumas regras. É preciso, por exemplo, implantar etapas e processos produtivos na linha de produção. Isso assegura que o produto foi de fato fabricado e não apenas montado.

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Porém, as fabricantes de motocicletas foram além: investiram no desenvolvimento de produtos, no treinamento dos colaboradores, na implantação de novas tecnologias e processos capazes de aliar os mais altos níveis de qualidade e tecnologia à sustentabilidade.
Graças a essa estratégia, as motocicletas “made in Manaus” podem rodar em qualquer lugar do mundo. Nos últimos dez anos, o Brasil exportou para quase 60 países, inclusive para mercados altamente exigentes como os Estados Unidos, Canadá, França e Japão. O produto nacional é reconhecido no mundo todo por seu altíssimo valor agregado.
Esse reconhecimento é resultado da dedicação e do esforço de um time de craques, que, no ano passado, foi reforçado com a chegada de 1.700 novos profissionais. Em sua grande maioria, os colaboradores da indústria de motocicletas são moradores da região, o que comprova a preocupação do segmento em valorizar a mão de obra local e promover o desenvolvimento socioeconômico da região.

Cada emprego gerado no PIM contribui para a preservação da floresta e para o desenvolvimento sustentável da biodiversidade, biotecnologia e bioeconomia. A industrialização evita atividades ilegais como o desmatamento e garimpo.
Esses fatos reforçam a importância do PIM como peça fundamental da economia brasileira. Faz bem para a população local, para a região, para o Brasil e para você, consumidor, já que os produtos produzidos em Manaus são vendidos sem o IPI (lembra dos incentivos que falamos lá no início do texto?) e, com isso, oferecem preços mais acessíveis. A redução na tributação é um benefício para todos os brasileiros que podem colocar uma motocicleta nova na garagem.
Coluna produzida pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo)
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