<p><strong>De novo conversando com um amigo motociclista</strong>, perguntei em como ler… Ele havia lido o livro “O que é ler”. Ele era muito eloquente sobre como ler, nas diferentes formas de entender. <strong>Extrapolei o conceito de ler e levei para o lado de como pilotar. </strong>Percebi que há vários estados:<strong> o sensorial, o emocional e o racional</strong>. Vamos discorrer sobre este assunto que me faz pensar um pouco mais sobre este tema complicado.</p>
<p><img alt="A motocicleta como instrumento modificador e libertador. Não saia da vida sem perceber isso! " height="350" src="http://motociclismoonline.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/ducati_hyperstrada_motocicl_620x350.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p><strong>O sensorial:</strong> a gente percebe a moto pelo ronco do motor, pelo barulho das válvulas, pelo ruído a cada troca de marcha e a vibração.<strong> É quando nós “sentimos” a motocicleta</strong>, seja pelos ouvidos, ou pela vibração que chega ao guidão e pedaleiras, ou na ação das leis da física a cada aceleração, frenagem etc. </p>
<p><strong>O emocional:</strong> tive a rara oportunidade de viajar mais de 9 mil quilômetros pelo Atacama. <strong>Olhava para o lado e tudo era lindo, mesmo quando havia vento lateral e chuva, tudo era lindo.</strong> É quando lembramos das paisagens e dos eventos que a motocicleta nos proporcionou…<strong> E nos emocionamos dentro do capacete</strong>. Passamos por lugares que jamais vamos esquecer, seja por lembranças, seja por novas experiências que para sempre serão lembradas. </p>
<p><strong>O racional:</strong> é o mais fácil quando sabemos pilotar. É mudar de marcha da maneira certa, contornar aquela curva de forma correta, seguir o piloto da frente, acelerar e correr. </p>
<p>Isso me lembra um texto que li: “o piloto agarrava-se ao guidão naquele seu mundo particular dentro do capacete, sentindo a trepidação do motor, olhando a paisagem e a multidão enquanto se lembrava dos passeios matinais quando criança. Acelerava, freiava e fazia curvas quase perfeitas, lembrando das manobras de seu pai, que olhava para trás e perguntava se estava tudo bem.” <img alt="Valentino Rossi, piloto nove vezes campeão no Mundial de Motovelocidade" src="http://motociclismoonline.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motociclismo_rossi_espanha__620x350.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 350px;" /><strong>Claro que todos podem pilotar de forma simplesmente racional.</strong> A MotoGP faz isso, Valentino Rossi, e outros fazem de forma exímia exatamente isso. Mas algo se perde no meio do caminho: <strong>as partes sensorial e emocional que nos fazem seres humanos e motociclistas. </strong></p>
<p><strong>Isso é conduzir uma moto! Não se preocupe!</strong> Saia agora, sinta, lembre e pilote com responsabilidade. Sinta seus pés, mãos, corpo, lembre dos cenários, mesmo que rapidamente, e tenha competência para ver os olhos das pessoas quando passar por elas.</p>
<p><strong>Depois desta conversa, meu amigo (do começo da conversa) olhou para mim e não disse nada. </strong>Pegou a moto e continuou a pilotar. Espero que de forma mais completa. As coisas continuam a acontecer. <strong>A vida continua e vamos pilotar em frente. Com amor, sensação, emoção ou racionalidade.</strong> Só pilotar a sua moto. Seja uma scooter, seja uma pequena, de alta cilindrada, seja um triciclo.</p>
<p><strong>Keep riding…</strong></p>
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