Hoje, dia 27 de julho, é o Dia do Motociclista, data que celebra a todos aqueles que utilizam motocicletas. Motocicletas que nos levam por vários caminhos, garantindo agilidade e mobilidade para as pessoas que estão cada vez mais atribuladas. As motos nos ajudam a ganhar tempo em meio ao trânsito cada vez mais intenso das grandes cidades. Elas se tornaram ferramenta de trabalho de muitos brasileiros e vem se consolidando como uma uma importante alternativa para amenizar as aglomerações que sempre acontecem nos transportes públicos nos horários de pico.
E de acordo com dados do Denatran analisados pela Abraciclo, o total de pessoas habilitadas para conduzir uma motocicleta cresceu 17,5% entre 2016 e 2020, passando de 28.854.518 motociclistas para 33.893.329 cidadãos com CNH da categoria A.
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Esses novos motociclistas têm em comum um objetivo: ter um meio de locomoção mais rápido e econômico. Outro estudo, esse feito pela Abraciclo junto às fabricantes associadas, aponta que o principal motivo para a compra de uma motocicleta em 2020 foi a locomoção (91%), seguido de lazer (66%) e trabalho (15%). E devido a pandemia, muitas pessoas passaram a utilizar a motocicleta para evitar o transporte público e suas aglomerações.
Um exemplo é o advogado Leonardo Ludke, morador de Caxias do Sul (RS), que sempre sonhou em ter uma moto e acelerou esse plano para encurtar seu tempo dentro do transporte público no trajeto de sua casa até o trabalho. “Antes gastava cerca de uma hora, enquanto hoje levo cerca de 10 minutos. Ganhei autonomia, agilidade no deslocamento e ainda economizo o dinheiro que gastava com o transporte público”, conta.
A razão é a mesma apontada pelo auxiliar executivo Daniel Ramos, que vive em Campo Limpo Paulista, na Grande São Paulo. “Nosso transporte público é deprimente, e a moto me confere muito agilidade e rapidez no dia a dia”, diz.
Daniel lembra que para ingressar no mundo das duas rodas ele contou com o estímulo de seu pai, que sempre foi um grande apaixonado por motocicletas. “Cresci vendo ele mexendo em suas motos, trabalhando como motoboy, sempre andando e fazendo manutenção nelas. Lembro que ele me colocava sentado no tanque e tirava fotos. Sempre vivi nesse ambiente e me tornei motociclista, foi uma influência muito grande”, finaliza Ramos.
O crescimento na procura por motos também vem sendo puxado pela alta na demanda dos serviços de delivery, que cresceram exponencialmente durante a pandemia. A paulistana Bruna Portela é uma das que utiliza sua moto como instrumento de trabalho. Antes do período de Covid-19,
Bruna atuava como auxiliar de escritório, mas foi dispensada por seu empregador, investiu o dinheiro da rescisão na compra de uma motocicleta e passou a atuar com apps de entrega. “Hoje em dia essa é a minha única fonte de renda”, destaca.
Quem também usa a moto tanto para trabalhar quanto no dia a dia é o piloto Jean Azevedo, dono de dez títulos brasileiros de Rally Cross Country e sete vezes campeão do Sertões. Piloto da equipe Honda Racing Brasil, ele compete com uma CRF 450 RX, mas tem como seus “companheiros de rotina” uma big trail CRF 1000L Africa Twin e um scooter PCX.
“Moro em São José dos Campos e, quando tenho que ir até São Paulo, prefiro ir de moto pela agilidade para conseguir cumprir meus compromissos sem ficar preso ao trânsito. Uso scooter quando preciso sair rápido para ir ao supermercado e academia. Quando não estou competindo, saio para fazer um passeio de moto com minha esposa. Costumo ir bastante na região da Serra da Mantiqueira”, finaliza Azevedo.
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Perfil do motociclista brasileiro
Entre os habilitados para pilotar motocicletas no Brasil, os homens são maioria com 69%, segundo dados da Abraciclo. No entanto, o número de mulheres ao guidão, como Bruna Portela, vem crescendo ao longo dos anos: em 2011, elas representavam 25% das habilitações e hoje correspondem a 31%.
A maior faixa etária, tanto para os homens como para as mulheres, está entre 31 e 40 anos. Eles são 30,9%; enquanto elas, 38%. Quanto ao nível de escolaridade, 64% dos motociclistas possuem o ensino médio completo, 21% concluíram o curso superior e 12% têm o fundamental completo.
A região Sudeste concentra o maior volume de motociclistas, com 42,2% dos habilitados. Na sequência estão o Sul (20,3%), Nordeste (18,7%), Centro Oeste (11,1%) e Norte (7,8%). Já na análise das categorias de motociclistas, as motonetas é a categoria preferida pelas mulheres (67%). O uso das scooters é maior entre os homens (72%).