O mês de fevereiro encerrou com 74.065 motos emplacadas, volume 28,9% maior do que as 57.423 unidades negociadas no mesmo mês de 2021, mas 17,4% inferior aos 89.682 emplacamentos registrados em janeiro. Nos dois primeiros meses de 2022, o mercado brasileiro de motocicletas contabiliza 163.747 unidades emplacadas, o que corresponde a uma alta de 14,3% sobre as 143.255 motos negociadas no primeiro bimestre de 2021.
As informações estão no mais recente balanço apresentado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave. E segundo a entidade, a redução de IPI adotada pelo governo brasileiro deve alavancar as vendas nos próximos meses.
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Para José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, o momento é favorável para quem deseja adquirir um veículo novo. “Acreditamos que, com a diminuição do IPI, promovida pelo Governo, o mercado de veículos poderá ser favorecido, principalmente, para as marcas cujas montadoras mantiverem os preços dos produtos inalterados, conforme tabela do início de fevereiro, e também aplicarem a redução da alíquota do IPI”, comenta o executivo.
De acordo com o presidente da Fenabrave, a demanda por motocicletas segue em bom ritmo, mas a aprovação de crédito impede o segmento de registrar melhores números. “O índice de aprovação de crédito se manteve em 37%. A alta na comercialização de motos, na comparação com 2021, segue amparada pela alta dos serviços de delivery e no preço dos combustíveis, o que fez os consumidores buscarem, no segmento de duas rodas, alternativas ao automóvel”, diz Andretta Jr.
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Fatores como a alta de casos de Covid em Manaus, a falta de motocicletas nas concessionárias e a readequação da produção da Yamaha também podem prejudicar o setor ao longo deste ano. A entidade destaca que até o momento não é possível mensurar os impactos da crise entre Rússia e Ucrânia na cadeia nacional de veículos. Um ajuste nas projeções para o ano será realizado nos próximos dias e deve ser divulgado no início de abril.
Veja as 20 motos mais negociadas em fevereiro
1º Honda CG 160: 18.967 unidades
2º Honda Biz: 9.383
3º Honda NXR160 Bros: 8.178
4º Honda Pop 110i: 7.406
5º Honda PCX 150: 2.722
6º Yamaha NMAX: 2.284
7º Honda CB 250F Twister: 2.212
8º Yamaha Fazer 250: 2.112
9º Yamaha XTZ150 Crosser: 1.980
10º Yamaha YBR 150 Factor: 1.958
11º Yamaha YS150 Fazer: 1.817
12º Honda XRE 300: 1.529
13º Honda Elite 125: 1.161
14º Yamaha XTZ 250 Lander: 1.049
15º Honda XRE 190: 1.025
16º Honda ADV: 962
17º Yamaha Neo 125: 745
18º Shineray XY 50: 736
19º Yamaha MT-03: 571
20º Yamaha YBR 125 Factor: 562
Voltz Motors se destaca em fevereiro
Na participação por marcas a Honda permanece na liderança do mercado brasileiro, com 54.563 unidades e 73,7% de market share. Yamaha, com 13.810 emplacamentos e 18,7% do mercado e Shineray (1.247 unidades emplacadas e 1,69% de market share) completam o top-3 de fevereiro.
No mês o destaque vai para a Voltz, que está na 7ª colocação do ranking da Fenabrave, com 522 unidades registradas e 0,7% de participação no mercado brasileiro, ficando à frente de grandes marcas como Haojue, Dafra, Triumph, Harley-Davidson, Suzuki e Ducati.
Já no acumulado do ano, a startup brasileira de mobilidade elétrica contabiliza 843 emplacamentos, número muito próximo de todo o total de 2021, quando a marca emplacou 967 motos e scooters elétricos.
Dois modelos da Voltz aparecem entre os 10 mais emplacados de duas categorias: a moto elétrica EVS está na 10ª posição do segmento City, com 57 unidades registradas no mês e 146 no acumulado do ano, enquanto o EV1 Sport está no 10º lugar dos CUBs/Scooters, com 465 emplacamentos em fevereiro e 697 nos dois primeiros meses de 2022.
