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Excelsior Welbike; a ajuda que vinha do céu

2 Minutos de leitura

  • Publicado: 21/07/2017
  • Por: Redação

A Segunda Guerra Mundial teve as motocicletas como umas de suas principais protagonistas. Ágeis e velozes, podiam enfrentar as condições adversas de estradas e eram primordiais em serviços de comunicação entre as tropas. Assim, motocicletas como a Harley-Davidson WLA e as BMW R-75 se tornaram lendas e verdadeiras heroínas, ajudando a vencer batalhas.

Sabendo da importância das motos, as Forças Armadas britânicas iniciaram o desenvolvimento de um protótipo que pudesse ser lançado de um avião para ser usado pelo seu esquadrão de paraquedistas. O tenente-coronel John Dolphin, comandante de um centro de pesquisas militares secreto inglês, era um entusiasta das motocicletas e desenvolveu o primeiro protótipo da Welbike. O resultado foi um pequeno scooter, com motor monocilíndrico 2T Villiers de 98 cm3, que seria lançado em um contêiner de 1,30 m de comprimento, equipado com um para-quedas.

 

Lançada em um contêiner equipado com um paraquedas, a Welbike estava pronta para o uso em 15 segundos

Uma vez no solo, podia ser montada em menos de 15 segundos. Por conta do espaço reduzido de seu contêiner, que muito lembra um míssel, a Welbike não possuía lanternas, farol ou suspensão. Tinha também apenas um freio traseiro. O protótipo foi enviado à fabricante de motocicletas inglesa Excelsior para que fosse desenvolvido, e os primeiros modelos de teste ficaram prontos em setembro de 1942. A produção em massa foi veloz, e 1 200 unidades de seu primeiro modelo eram usadas por esquadrões de ataque, como os Commandos e Royal Marines, notadamente em ações com entrada pelo mar, como no famoso Dia D, na Normandia.

Porém, a Welbike tinha alguns problemas. Os contêiners eram de grande visibilidade, atrapalhando o elemento surpresa, e tinham de ser lançados a uma grande distância dos soldados para não atingi-los na descida, e os paraquedistas tinham de alcançá-las antes de seus inimigos. Mesmo assim, prestaram um grande serviço a seu país, e algumas sobreviventes se encontram em museus e nas mãos de colecionadores.

No National Museum, da Inglaterra, há um espaço reservado às ex-combatentes. São modelos da Ariel, Norton, BSA, entre outras, que entraram para a história

Texto: Samantha Gomes Fotos: Gabriel Berardi

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