Tem colunista nova no time da MOTOCICLISMO. Ju Corguinha. Motociclista desde os 12 anos, ela se junta para poder falar sobre o viés da mulher no universo do motociclismo, compartilhando suas experiências e aventuras em duas rodas.
Nas próximas linhas vocês vão conferir as primeiras palavras da nossa colunista neste espaço. Seja bem-vinda, Ju!
Olá, pessoas! Sou Ju corguinha, tenho 40 anos e piloto desde os 12 anos. Sou uma apaixonada pelo mundo do motociclismo, do motoclubismo e do mototurismo. Desbravo esse mundão sobre duas rodas e sou uma pilota em construção. Nesta coluna, compartilharei minhas histórias, viagens e experiências sobre duas rodas. E para nos conectarmos, vou começar contando quem sou.
Comecei a pilotar porque morava na roça, na zona rural de uma cidade de 15 mil habitantes, localizada na região serrana do Rio de Janeiro. Nas palavras do meu pai, no caso de alguma emergência em casa, teria alguém para socorrer ou pelo menos alguém que pudesse sair para pedir socorro. Só que ele não contava que uma necessidade viraria uma paixão.
Logo, logo eu já começava a pegar a DT180 do meu tio para pilotar na pista de motocross do sítio. E quando ela não estava lá, era a famosa XLinha 125 que sofria na pista. Fui crescendo e a vontade de desbravar o mundo ficou de um tamanho que não cabia dentro de mim.
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Apresentei o mundo sobre duas rodas ao meu marido e logo a paixão foi despertada dentro dele também. Hoje, sempre que possível, faço da estrada nosso destino. E sob a perspectiva feminina, espero trazer histórias inspiradoras a fim de incentivar mais mulheres a conquistarem o grande sonho de dominar uma motocicleta.
Esse despertar para a importância do fortalecimento do feminino veio por meio de um convite de duas amigas para formarmos um coletivo de mulheres pilotas em 2016. Tudo isso surgiu devido a uma necessidade de apoio sentida por uma delas quando estava aprendendo a pilotar. Ela, única mulher de um comboio, sentiu-se desabrigada na estrada.
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Hoje, o coletivo Motogirls é uma rede de apoio a mulheres pilotas e conta com quase 300 integrantes. Na tribo do motociclismo, as mulheres estão conquistando seu espaço dia após dia. Como símbolo dessa conquista e com muito orgulho, compartilho que, este ano, fui empossada a vice-presidente do motoclube ao qual faço parte desde 2007, os Guardiões do Raul MC, sendo a primeira mulher a fazer parte da presidência do clube. Essa conexão feminina ao mundo do motociclismo é grandiosa e vibrante, assim como é a energia despertada ao pilotar.
Nas viagens sobre duas rodas, a sensação de liberdade, o pico de adrenalina, o vento no rosto e a conexão direta com a natureza levam o piloto a um estado de êxtase incrível. Foi com esse sentimento que viajei por todas as regiões do Brasil, contabilizando 19 estados mais o DF e que está me movendo a fazer uma expedição em janeiro para conhecer alguns países da América do Sul. Essas experiências envolvem lugares extraordinários com motos de 125 a 1100cm³.
Em cada moto e em cada lugar uma vivência, um desafio, um prazer que vou compartilhar com vocês nesta coluna. Nos vemos nas estradas!
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