RiverIndie
Especiais

Coluna do Raul: Motos elétricas em xeque na Índia

3 Minutos de leitura

  • Publicado: 05/05/2024
  • Por: Willian Teixeira

Tem uma nova Coluna do Raul chegando, tratando mais uma vez sobre o cenário das motos elétricas na Índia. País diminui subsídios para os veículos elétricos de duas rodas e setor de elétricas enfrenta a concorrência crescente dos scooter a combustão que têm preço competitivo, a força da marca e maior distribuição

A história de crescimento dos veículos elétricos de duas rodas (e2w) da Índia deve mudar e retroceder. À medida que o regime de subsídios começa a desmoronar, os fabricantes devem se concentrar no lançamento de modelos mais baratos, com menos características e uma autonomia mais curta.

A partir de 1º de abril de 2024, o subsídio de compra, disponível para as e2w, deve ser reduzido ainda mais e o novo regime de subsídio só será válido apenas pelos quatro meses subsequentes, colocando a indústria em uma grande incerteza.

À medida que se torna difícil manter os subsídios para alguns produtores, no ano fiscal de 2024, algumas fábricas de antigos líderes de mercado quase foram fechadas, disse um observador da indústria.

As vendas mensais caíram para uma fração dos números do último ano fiscal, e essas indústrias mantêm a produção mínima para compromissos anteriores de serviços e garantias. Os fabricantes mais afetados são aqueles que enfrentam acusações de apropriação indébita de subsídios. O governo suspendeu os subsídios e pediu-lhes que devolvessem o montante do subsídio contestado. Assim, o ano fiscal de 2025 começará com uma nota sombria para a indústria e2w da Índia.

Coluna do Raul: o fim do subsidio aos elétricos na Índia

O esquema de promoção da mobilidade elétrica 2024, aplicável a partir de 1º de abril, exige que os fabricantes de veículos obtenham novas certificações de veículos, desqualifica veículos de quatro rodas e ônibus para receber subsídios e reduz o montante geral de subsídios para os veículos de duas rodas.

TVS X

Siga a MOTOCICLISMO nas redes:
Instagram | Facebook | YouTube 
Twitter (X) | GoogleNews | WhatsApp

Portanto, as motos das marcas mais populares de veículos elétricos estão sendo vendidas com grandes descontos, já que os níveis de estoque dos revendedores estão altos. Contudo, essa situação pode não durar e os preços podem aumentar quando os subsídios forem reduzidos ou eliminados.

Com um tamanho de mercado relativamente pequeno e os clientes ainda avaliando o custo total de propriedade, uma retirada repentina dos subsídios pode prejudicar a adoção de veículos elétricos no curto e médio prazo.

A penetração global dos veículos elétricos é baixa e a criação do espaço desses produtos continua a ser um desafio. O governo precisa garantir que o cliente veja um benefício na compra de e2w e é certamente muito cedo para retirar qualquer incentivo, segundo um estudioso de mercado na Índia. Inclusive, o mesmo citou o exemplo de vários outros países, onde os incentivos continuaram até a participação atingir 25%.

Com essas alterações nos incentivos para o mercado indiano, os dados exponenciais que apresentamos na coluna anterior deverão cair vertiginosamente no próximo ano fiscal daquele país, que vai de 1º de abril de 2024 a 31 de março de 2025. Vamos acompanhar esses dados e traremos mais notícias nas futuras edições da Coluna do Raul.

Raul Fernandes Jr. é especialista em mercado de motocicletas, presidente da AssoRoyal (Associação dos Revendedores Royal Enfield do Brasil), sócio do Grupo 2W Motors e ex-diretor de redação da revista MOTOCICLISMO Brasil.

Deixe seu Comentário

Conteúdo Recomendado