A Coluna do Raul está no ar! Pacote europeu ‘fit for 55’, que proíbe a venda de veículos a combustão a partir de 1º de janeiro de 2035 na União Europeia, não afetará motocicletas e scooter
O Parlamento Europeu ratificou neste mês o regulamento que proíbe a venda de todos os automóveis de passageiros e vans que não sejam zero emissão a partir de 1º de janeiro de 2035. São exceção as motocicletas e veículos leves (categoria L).
Isso significa que, a partir dessa data, vai continuar a comercialização de motocicletas, ciclomotores, triciclos, quadriciclos, microcarros – com motores de combustão, pois a Europa entende que a contribuição deste setor para o total de emissões poluentes do tráfego rodoviário não é relevante.
No entanto, a Associação Espanhola das Empresas do Setor de Duas Rodas lembrou que, embora não haja limites para a venda de motos e veículos leves movidos a gasolina, os fabricantes já estão imersos no processo de descarbonização e na meta de zero emissão.
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A discussão continua
Atualmente, a nova moto não só cumpre a exigente norma europeia Euro 5 (em vigor desde 2021 e que nada tem a ver com a dos automóveis de passageiros), como é o veículo elétrico que está conseguindo maior penetração no mercado. No ano passado, 8,5% das motocicletas vendidas na Espanha eram 100% elétricas.
O secretário-geral da Associação Espanhola destacou que é mais fácil eletrificar as motocicletas urbanas. Com as tecnologias atuais, nas motocicletas grandes é mais difícil, pois o peso e o tamanho das baterias necessárias para manter o desempenho atual é inviável.
Por isso, frisou que o objetivo final não é o veículo elétrico, mas sim o veículo com zero emissão líquida. Para chegar a isso, terão de ser implementadas outras novas tecnologias.
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Finalizando a Coluna da Raul
Em relação à rotulagem ambiental, o executivo espanhol diz que, embora o governo tenha reiterado que não vai modificar o significado das etiquetas ambientais de emissões ECO dos automóveis, motocicletas e veículos leves, será necessário redefinir a norma da etiqueta para as motos, pois não há motos híbridas como os carros que a recebem, por isso nas motos ela está abandonada.
Agora que muitos municípios espanhóis estão preparando suas zonas de exclusão de circulação, é muito importante lembrar e definir essas diferenças. A associação espanhola destaca que, embora não haja prazo, eles já estão imersos no processo de descarbonização, liderando a taxa de penetração entre os veículos elétricos e desenvolvendo outras tecnologias de emissão líquida zero.
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Como já havíamos frisado por diversas vezes nas reportagens da campanha Sim à Motocicleta, da revista MOTOCICLISMO, a moto sempre foi a melhor opção para a redução de emissões de poluentes na atmosfera.
Viva a motocicleta!
Raul Fernandes Jr. é especialista em mercado de motocicletas, presidente da AssoRoyal (Associação dos Revendedores Royal Enfield do Brasil), sócio do Grupo 2W Motors e ex-diretor de redação da revista MOTOCICLISMO Brasil.