De 2003 para cá, as fábricas de motocicletas no Brasil reduziram em 92% o nível de emissões de CO, ou seja, uma grande contribuição para o meio ambiente. Saiba mais sobre o tema na Coluna da Abraciclo
A motocicleta produzida no Polo Industrial de Manaus (PIM) pode rodar em qualquer lugar do nosso planeta. Essa “permissão” é garantida porque a legislação ambiental brasileira é uma das mais rigorosas do mundo e está alinhada aos níveis de emissões dos mercados mais avançados, como os da União Europeia. E os números comprovam isso. Em 2003, uma motocicleta produzida em Manaus emitia cerca de 390 kg/ano de CO (monóxido de carbono) e para neutralizá-lo eram necessárias 54 árvores. No ano passado, esse índice caiu para 30 kg/ano, diminuindo essa neutralização para cinco árvores.
A redução de 92% no nível de emissões de CO é resultado dos investimentos realizados pelas fabricantes ao longo dos anos para atender ao Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot). Criado em 2003 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o programa impulsionou o desenvolvimento de uma série de tecnologias, tornando as motocicletas mais modernas e mais amigáveis com o meio ambiente.
FASES DO PROMOT – RESULTADOS ALCANÇADOS
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Desde janeiro de 2023, quando teve início sua quinta fase (Promot M5), todos os modelos fabricados no Brasil passaram a contar com o OBD (On Board Diagnosis), equipamento de diagnose que emite avisos no painel de instrumentos no caso de uma eventual falha no sistema de emissões, alertando o motociclista da necessidade de manutenção em sua motocicleta.
Outras novidades foram a adoção do cânister (que absorve e reaproveita os gases liberados no tanque), novos catalisadores (que têm maior capacidade para converter os gases tóxicos em gases que não fazem mal à saúde) e às evoluções na calibração dos sistemas de injeção eletrônica (para garantir maior precisão e eficiência no controle da mistura ar/combustível).
Além da redução dos limites de emissões, o Promot M5 introduziu o controle de novos gases, como o de aldeídos, gerado principalmente pela queima de combustível em veículos movidos a etanol, e de NMHC (hidrocarbonetos não metano), além de ampliar os ensaios de durabilidade das emissões. O próximo ano também terá novas exigências.
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Os novos modelos deverão estar equipados com a versão mais avançada do OBD. Já a partir de 2027, todos os veículos motorizados de duas rodas precisarão contar com esse sistema. Para atender a essas e outras exigências, as associadas da Abraciclo investem continuamente em suas linhas de produção e na implementação de novas tecnologias. O objetivo vai além de garantir ao consumidor um produto com os mais altos índices de qualidade, segurança e confiabilidade.
É sempre importante destacar o pioneirismo da indústria de duas rodas brasileira na área ambiental, por meio da produção, em 1981, da primeira motocicleta movida a álcool no mundo. Outro destaque foi o lançamento da primeira motocicleta bicombustível em 2009. As fabricantes querem, dessa forma, proteger o meio ambiente e garantir o futuro das novas gerações.
Esta coluna é feita mensalmente pela Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares