
Uma lei federal oficializou o dia do motociclista em julho, e a semana desse dia é voltada à prevenção nacional de acidentes motociclísticos.
Com mais de 40 milhões de habilitados na categoria A, o setor de duas rodas vive um momento histórico no Brasil. Mais do que uma paixão nacional, a motocicleta se consolidou como uma das principais soluções de mobilidade, além de ser instrumento de trabalho e geração de renda para muitos brasileiros.
Em dez anos, a frota cresceu 42% – são mais de 35 milhões de motos circulando pelo Brasil. Mas a relação entre um motociclista e sua parceira não se resume ao trabalho e a locomoção: é liberdade, adrenalina, aventura e uma série de sentimentos e sensações que só quem assume o guidão entende.

Quando era criança, a funcionária pública Roberta de Paula chegou a sonhar que tinha uma moto azul. Habilitada há cinco anos, ela integra o Aceleradas — um movimento que reúne mulheres unidas pela paixão pelas duas rodas. “Para mim, moto é sinônimo de amizade, pois ampliou meu círculo de convivência”, diz. Roberta está entre os 13,2% de brasileiras motociclistas — entre os homens, esse índice é de 36,2%.
É o caso do médico veterinário sanitarista Vinícius Lopes de Faria, que também foi “picado pelo bicho do motociclismo”. Na garagem, mantém três, incluindo um modelo exclusivo para viagens. “Com a moto, exploramos melhor a natureza, chegando a lugares onde o carro não passa”, conta.

Já o mecânico e restaurador Belmiro de Queiroz Júnior, motociclista há 41 anos, explora a arte de restaurar modelos antigos. “A parte mais difícil é garimpar peças para manter a autenticidade”, revela.

Histórias como as de Roberta, Vinícius e Belmiro revelam a profunda conexão entre os motociclistas e suas parceiras de estrada.
A partir deste ano, essa comunidade tem um motivo especial para comemorar: a lei federal oficializou 27 de julho como o Dia Nacional do Motociclista e a semana que compreender a data como a Semana Nacional de Prevenção a Acidentes com Motociclistas. Esta iniciativa, que integra o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), reforça a importância da pilotagem defensiva, do uso de equipamentos de segurança e do respeito às leis de trânsito.
Isso é cuidar de quem escolheu viver a liberdade sobre duas rodas. Afinal, temos muitos quilômetros ainda para percorrer, não é mesmo?