O catalisador é um componente essencial para que os gases poluentes não ofereçam riscos à saúde. Com o constante crescimento da frota nacional de veículos, ele vem ganhando cada vez mais importância.
Se considerarmos somente as motocicletas, atualmente temos mais de 28 milhões em circulação, uma vez que elas oferecem agilidade e economia no transporte e ainda são o ganha pão de milhares de trabalhadores que atuam com aplicativos de delivery, por exemplo. E como a qualidade do ar é diretamente influenciada pelas emissões de poluentes atmosféricos de origem veicular e industrial, os catalisadores exercem um papel fundamental nesse cenário.
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Segundo Miguel Zoca, da Umicore, empresa especialista em controle de emissões, o catalisador da motocicleta é essencial para reduzir gases poluentes, uma vez que a peça converte 98% das substâncias tóxicas provenientes da combustão em gases inofensivos à saúde. “Não podemos subestimar a importância do bom funcionamento da peça, prova disso é que uma motocicleta sem o componente emite até nove gramas de monóxido de carbono por quilômetro. Para efeito de comparação, com a peça em perfeitas condições, a emissão é menos de um grama por quilômetro”, destaca o especialista.
Localizado no sistema de escapamento, o catalisador da motocicleta tem uma tecnologia própria. A peça desenvolvida para motos tem substrato metálico, mais leve e resistente às vibrações. Já para automóveis, utiliza-se substrato cerâmico, mais conhecido como colmeia cerâmica.
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“Além disso, o formato e a comcposição da peça são adequados às condições específicas da motocicleta, tornando o catalisador muito mais leve e de menor inércia térmica, aquecendo-se e esfriando-se mais rapidamente”, explica Zoca. Mas, para que o catalisador mantenha suas propriedades de conversão dos gases poluentes em substâncias inofensivas para a saúde, é essencial que a manutenção esteja em dia.
“Seja por razões de durabilidade ou estética, o motociclista deve utilizar um novo sistema de escapamento com catalisador. A retirada da peça é infração grave e passível de multa, conforme o Código de Trânsito Brasileiro. E a informação de que o componente afeta o desempenho das motocicletas é um grande mito”, acrescenta o especialista da Umicore.