… E eu vim aqui pra contar como foi pra mim – uma mulher com 1,68m de altura, 60 kilos, e (na época) 43 anos – rodar nessa “monstrinha” em 2021.
Texto: Gabi Hoover, do #ElasPilotam
Imagens: Acervo pessoal
A Harley-Davidson do Brasil anunciou o lançamento do modelo Pan America no país. A moto é a primeira “big trail” da marca, e vem com a missão de entrar no páreo das motos de aventura competindo com as já consolidadas linhas GS, da BMW, Tiger, da Triumph, e com a Ducati Multistrada.
Para marcar o acontecimento, a H-D do Brasil convidou jornalistas e influenciadores do setor para rodar na moto. Você, que acompanha a cena duas rodas nas redes sociais, deve ter visto uma ou outra postagem a respeito dos primeiros test-rides, ou, então, algo sobre o motor V-Twin Revolution Max, com 1.252 cm³. É justamente por isso, que não vou me apegar aos detalhes técnicos da moto nesse artigo, e sim contar como foi minha experiência na moto em 2021.
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Aconteceu durante uma parada do caminhão DEMO da H-D na concessionária regional de onde moro, no estado de Nova York. Fui sem intenção de pilotar a moto, mas queria ver “com a mão”, e aproveitar a oportunidade para rodar em um ou dois modelos softail.
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Mas eu não sou do tipo de deixar passar oportunidades. Como já tenho alguma experiência com moto grande, no caso uma Africa Twin CRF1000L, o pessoal da concessionária me ofereceu a PanAmerica pra testar, e eu… aceitei!
Mesmo que não em missão oficial de trabalho, meu radar jornalístico sabia que essa oportunidade seria um marco para o #ElasPilotam. E foi. Acredito que fomos as primeiras a publicar um ride na Pan America no Brasil.
Mais alta que as tradicionais cruisers da H-D, a Pan America pode intimidar, mas nem por isso é impossível pra quem tem estatura abaixo dos 1,70m. Um dos motivos é a opção do sistema Adaptive Ride Height (ARH – altura adaptável), que reconhece as paradas e abaixa a moto de acordo com a altura de quem está no comando.
A sensação é completamente outra de se estar em uma moto cruiser, ou as H-Ds mais tradicionais. Outra posição de pilotagem, um painel incrível – com conexão via Bluetooth para Android Auto e Apple Car Play – e diferentes modos de condução: Off-road, Sport, Road, Rain (chuva), e para nas versões da Pan America Special também existe opções para customização pessoal no modo de pilotagem.
Para o test-ride, eu fiquei só no modo chuva, que segura bem a entrega da moto.
Já soube que no Brasil só vai chegar o modelo Special. Aqui nos Estados Unidos, a Pan America tem duas versões: Standard e Special, e o que difere os dois modelos são os itens opcionais e o design do tanque.
Rodei com ela por mais ou menos 13km, cerca de 8.5 milhas, em um trecho todo de asfalto, com algumas subidas e boas curvas. Adoraria mais tempo pra explorar todos os botões e entender um pouco mais do “brinquedo”. Mas, novamente, estava em um evento de demonstração e tinha um monte de gente querendo uma vez. Apesar do pouco tempo de contato com ela, posso dizer que entreguei a moto transformada.
Durante todo aquele final de semana, a Pan America não parou. Os rides aconteciam a cada 30 minutos, e cerca de 20 pessoas tiveram a chance de sair nela. Dessas, somente eu e a Dawn Fontaine, gerente de marketing da FX Caprara HD, mulheres. E digo uma coisa pra vocês: sinto muito por aquelas que namoraram mas não aceleraram.
Essa moto intimida, mas não é indomável. E para ver mais detalhes da minha experiência com a primeira maxitrail dos 120 anos de história da Harley-Davidson, te convido a assistir o vídeo abaixo:
EM TEMPO: A Motul, marca francesa especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, confirmou Bruna Wladyka, fundadora do movimento #ElasPilotam, como uma de suas pilotos oficiais. Com a parceria, a Motul reforça seu posicionamento de incentivar a crescente participação das mulheres no esporte a motor.