Rodar de moto representa horas economizadas todos os dias. Imagine que para ir e voltar do trabalho, por exemplo, você economize uma hora por dia. Em um mês seriam 30 horas. Em um ano representaria 360 horas ou 15 dias. Imagine, você jogando fora metade das suas férias, sentado em um outro transporte.
Nesse sentido, o SIM À MOTOCICLETA fez esta reportagem com o intuito de mostrar essa situação na prática, rodando por várias importantes avenidas e ruas de São Paulo, em horário de rush.
Vale lembrar que além da economia de horas, a motocicleta gastou cerca de 60% do custo de um litro de gasolina, comparada com um carro, nesses trechos urbanos de no máximo 22 quilômetros.
O primeiro roteiro foi da zona sul para a zona leste. O segundo roteiro foi da zona sul até a zona oeste. Nossa equipe foi composta por três jornalistas da MOTOCICLISMO, Ismael Baubeta, Willian Teixeira e Alexandre Nogueira, que fizeram os trechos em moto, carro e transporte público.
De transporte público, Ismael gastou 1H40 para chegar ao destino!
“Por ser motociclista e utilizar motos há um bom tempo, eu nunca ando em transporte público. E confesso que sair de casa na zona sul de São Paulo para atravessar a cidade e chegar à Zona Leste de ônibus e metrô não me animou muito, afinal, rra um trajeto de 22 quilômetros. O ônibus que me levou até a estação de metrô era moderno, com ar-condicionado e trafegando por faixa exclusiva. Ele seguiu pela Avenida Rubem Berta até a Avenida Brigadeiro Luís Antônio e parei na Praça da Sé, no centro. Uns minutos caminhando entrei na estação de Metrô, o qual me levou até o Tatuapé, na Zona Leste. De lá ainda tive que pegar outro ônibus para chegar ao shopping Anália Franco. Mas devido a falta de experiencia, perdi uns 15 minutos até pegar o ônibus correto para chegar ao shopping. Como não tenho bilhete único, paguei R$ 9,80 de ônibus (duas conduções) e mais R$ 5 de metrô (total R$ 14,80)”.
LEIA MAIS CONTEÚDOS E VENHA CONOSCO DIZER SIM À MOTOCICLETA!
Coluna da Abraciclo: O Brasil em duas rodas
Os cuidados com sua moto e sua importância para uma pilotagem segura
No segundo dia, Ismael foi de moto e levou 25 minutos
“No segundo dia troquei o modal de transporte e com uma Yamaha FZ15, da Zona Sul até o bairro da Pompeia, Zona Oeste. Foi tudo muito rápido e cheguei ao destino em apenas 25 minutos. Não podia parar de pensar no tempo que grande parte da população perde no simples ir e vir através do transporte público. Nesse trajeto de 16,7 quilômetros mantive as velocidades máximas permitidas. Incrível: não gastei mais do que 600 ml de gasolina com a Yamaha FZ15. Ou seja, se de ônibus, no outro trajeto, eu paguei R$ 14,80, neste dia o custo foi de aproximadamente R$ 3,30 de gasolina”.
De moto, Willian gastou 35 minutos
“O ponto de partida da nossa equipe foi da região da Chácara Monte Alegre, até o shopping Anália Franco. Indico a Yamaha FZ15 que pilotei para motociclistas iniciantes ou para aqueles que buscam uma boa motocicleta para o dia a dia. No caminho até o shopping Anália Franco passei por avenidas importantes, como a Washington Luís e a dos Bandeirantes (que tem a ótima e necessária Faixa Azul em praticamente toda a sua extensão). O trajeto de 22 quilômetros foi cumprido em 35 minutos, mesmo seguindo o trânsito com muito respeito à legislação. Quero dizer que, além da economia de tempo, tive um enorme prazer na pilotagem. A moto é uma importante aliada nos deslocamentos urbanos e ainda é econômica, pois o gasto sequer foi de um litro de gasolina. Onde abasteço o litro está em torno de R$ 5,50. Com certeza, gastei menos de R$ 4,00”.
De transporte público, Will levou 1h50
“No segundo roteiro, para a zona oeste, usei ônibus e metrô, sendo duas linhas de ônibus até a estação Faria Lima da linha 4 – Amarela do Metrô, onde fui até a Paulista. Fiz a baldeação até a Avenida da Consolação, peguei a linha Verde do metrô e desembarquei na estação Sumaré. Caminhei alguns minutos até um novo ponto de ônibus e peguei mais um busão, agora até o destino final. Para fazer este trajeto de cerca de 16 quilômetros eu levei algo em torno de 1h50min, tendo como responsáveis uma interminável obra da Avenida Santo Amaro e uma “vaciladinha” que dei, passando reto no ponto que me deixaria na estação Faria Lima. Os ônibus que utilizei nestas linhas, que circulavam em bairros “relativamente nobres” de São Paulo (Santo Amaro, Pinheiros, Vila Olímpia), eram todos grandes. Além de agilidade nos deslocamentos, a moto nos dá a autonomia ideal para mudanças rápidas de trajeto, assim como o carro. Esse último quesito acaba sendo meio caótico quando se está de transporte público. Tenho a integração do bilhete único, que torna bem mais barato do que pagar cada trecho em separado. No final, o custo foi de R$ 8,20”.
Alexandre fez os dois roteiros de carro
“Sou um grande adepto das motocicletas, comecei a andar de moto muito cedo e desde então nunca mais consegui viver sem elas. Realmente não gosto de andar de carro quando tenho que fazer qualquer deslocamento pela cidade, inclusive nos dias de chuva, quando o trânsito fica pior ainda. Mas coube a mim, nesta reportagem, fazer os percursos de carro. O trânsito nesse dia, inexplicavelmente, fluiu perfeitamente e sem engasgos. Assim que cheguei já avistei o Will, piloto da moto, que havia chegado 20 minutos antes. Mas o Ismael, que foi de ônibus, ainda estava no metrô Sé, mais ou menos pelo meio do caminho. Gastei 55 minutos para chegar ao destino! Então fiquei bem contente por ter levado apenas 55 minutos para atravessar a cidade de carro, com uma média de 8 km/l de consumo de combustível, mostrados no computador de bordo. Com o combustível a R$ 5,39 no posto onde abasteci, gastei por volta de quatro litros, ou seja, R$ 36. Já no segundo roteiro, fui até o bairro da Pompéia. Eu continuei de carro, mas desta vez troquei o meu Volkswagen Voyage 1.6 por um HR-V 2024, belíssimo carro, cedido pela Honda. O trajeto fluiu bem. Sem dúvida, os aplicativos de trânsito ajudam demais na locomoção pela cidade. Mas não troco rodar de moto por nenhum outro meio de transporte deste mundo. De carro, gastei 40 minutos para chegar ao destino!”