A Suzuki deve deixar a MotoGP após o encerramento da temporada 2022. A notícia surgiu durante os testes realizados em Jerez na última segunda-feira (2 de maio), mas ainda não foi oficializada pela marca de Hamamatsu. Porém, segundo apurou o site Autosport, os funcionários da equipe já foram comunicados desta decisão, que foi tomada devido a dificuldades financeiras.
Esta não é a primeira vez que a Suzuki deixa a MotoGP alegando problemas financeiros. Em 2011 os japoneses de Hamamatsu alegaram os impactos da crise econômica da época e encerraram sua primeira participação na categoria, mas retornaram em 2015. Agora a situação volta a se repetir e deve ser oficializada em breve.
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Conforme apurado pelo site GPOne, a decisão de abandonar a MotoGP veio da própria fábrica no Japão, que considerou o impacto econômico da pandemia e a guerra entre Ucrânia e Rússia.
Campeã de construtores e de pilotos em 2020 com Joan Mir, a Suzuki já havia renovado seu acordo com a Dorna até o final de 2026, e esta possível quebra contratual deve gerar uma multa pesada à fabricante de Hamamatsu. E a detentora dos direitos da MotoGP reagiu a possível saída da marca japonesa e publicou um comunicado lembrando sobre a vigência do novo contrato entre as partes.
Segundo a Dorna, tal decisão não pode ser tomada de forma unilateral. No mesmo comunicado, a empresa afirma que decidirá o tamanho do grid para 2023 caso a Suzuki realmente saia da MotoGP, e informa que há “altos níveis” de interesse de equipes e fabricantes que desejam ingressar na categoria.
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O último título mundial da Suzuki aconteceu em 2020, com Mir. A equipe não vencia um mundial há 20 anos. Desde então, o time vem sofrendo com a saída de David Brivio em 2021, que por muito tempo foi chefe da equipe. Ele optou por comandar a Alpine na Fórmula 1, e foi substituído em um primeiro momento por Shinichi Sahara, líder de projetos. Para este ano a marca contratou Livio Suppo, ex-Honda e Ducati, mas parece que o trabalho deve ser encerrado.
O futuro dos pilotos da Suzuki segue indefinido até o momento. Segundo o portal Autosport, Mir é cotado para assinar com a Honda e ocupar o posto que atualmente pertence a Pol Espargaró, enquanto Alex Rins segue sem posto definido para a próxima temporada. Já a vaga da Suzuki na MotoGP pode ser ocupada por um time satélite da KTM ou até mesmo da Aprilia.
*Com informações de RACING Online